Viseira de cavalo é um bom negócio sim e posso provar

Não é à toa que os nossos olhos focam num ponto de cada vez.

Já pensou se a gente enxergasse tudo, todos os objetos da visão periférica, todos os elementos dentro do campo de visão, como se fosse um ponto central? Olhando um jardim, ao mesmo tempo você estaria enxergando a árvore, a flor, o muro, as pedras, o banco… Tudo com a mesma importância. Pior do que isso, você estaria enxergando com a mesma atenção cada folha da árvore, cada pétala da flor, cada pedrinha… Nesse cenário, no que você realmente prestaria atenção? Onde estaria o seu foco?

Estaria em tudo e em nada ao mesmo tempo.

A gente só consegue ter atenção em uma coisa de cada vez.

Essa é uma necessidade da nossa mente que os nossos olhos milagrosamente seguem.

Uma coisa de cada vez, um alvo, um objetivo…

Bem diferente de quem senta no piano pra praticar sem um objetivo claro.

O sujeito não tem um plano, não tem um alvo, um foco para aquele momento de prática.

E com objetivo, não me refiro a “tocar bonito pra minha família”…

Esse é o objetivo geral, que também deve existir.

Estou falando do objetivo concreto que você deve ter a cada dia de prática.

(ou a cada período da sua prática diária)

Se é transferência de peso, então se concentre nisso e perceba a unidade dos dedos com o punho, com o antebraço, com o ombro, e, tomando isso tudo como uma coisa só, pratique a transferência como se deve.

Se é junção das mãos, a mesma coisa: foco no que for preciso e mãos nas teclas.

O que não pode é sentar no piano e começar a fazer de tudo sem fazer nada…

E brinca…

E pula…

E toca um trecho dessa…

Um pedaço daquela…

Aí, companheiro, aí não adianta praticar todo dia.

Na prática de piano, foco é tudo.

É melhor viseira de cavalo do que ver tudo e não enxergar nada.

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