Hora de colocar aquilo em prática, você não acha?

Duas coisas que conversamos ontem:

1) “Qualidade e quantidade” são nossos aliados no piano

(alguns chamariam de “ordem e caos”)

2) Existe um “pecado mortal” dos amadores

Bem…

Se tanto a qualidade e a quantidade estão presentes na nossa prática…

Aonde está o maior pecado?

O pecado está em hiper valorizar a “quantidade”.

91,23% das dúvidas que respondo todos os dias são:

“Quantas horas praticar?”

“Quantos dias da semana?”

“Qual a lista de música?”

“Qual divisão entre exercícios e músicas?”

Sim, essas podem ser perguntas importantes…

Mas a melhor divisão de tempo e de músicas não resolve tudo.

Então vamos combinar o seguinte:

Lembra-se que a bem pouco tempo atrás, na virada do ano, estávamos cheios de empolgação para fazer 2025 um ano melhor no piano? Então vamos tirar esse plano do papel e vamos pensar mais na qualidade do que estamos fazendo. E pra dar a qualidade que está faltando na sua prática do piano, é bom que você saiba:

Na segunda-feira, dia 20, meu curso de “Leitura e Execução Fluente de Partituras” vai estar disponível (por poucos dias).

É uma nova oportunidade de aprender de verdade.

Sem atalhos furados…

E sem promessas falsas.

É a oportunidade de você realmente usar a ordem e o caos a seu favor.

Se você já é aluno do curso, não precisa ficar desesperado, nada muda pra você. Semana que vem serão dias esquisitos por aqui. Alguns receberão muitas mensagens e outros nenhuma.

Não se desesperem.

Logo logo tudo volta ao normal.

Quem estiver de saco cheio, basta se descadastrar da lista de mensagens.

Não esqueça hein…

Quem quiser chegar em Beethoven e Chopin, aproveite que segunda-feira a oportunidade estará passando na sua frente.



Um pianista profissional fica 8 horas por dia no piano?

8 horas?

Vou contar minha própria experiência:

Um mês antes de algum recital, eu passava algo em torno de 10 horas no piano.

Será então que já podemos criar a regra:

“Pra ser pianista é preciso ficar 10 horas no piano”?

Não, claro que não.

Veja bem:

Condição 1)

Tocar mais de 1 hora de um repertório muito complicado.

Condição 2)

Minha vida dependia disso.

Condição 3)

Como eu colocaria a cabeça no travesseiro e descansaria, sabendo que não fiz todo o esforço possível pra estar preparado?

Condição 4)

Um bom brasileiro deixando muita coisa pra última hora.

Ok…

O ponto importante nem é esse.

O ponto importante é “variação”:

Eu não passava o ano inteiro praticando 10 horas por dia…

Longe disso.

Eu não passava o ano inteiro praticando a mesma coisa…

Várias músicas diferentes estavam envolvidas.

Eu não passava o ano inteiro praticando com a mesma dedicação…

A maioria das coisas era fase de descoberta e de manutenção.

Isso sim um amador deve fazer na sua prática de piano:

Variar a qualidade e a quantidade de prática.

Ás vezes, e por pouco tempo, praticando bem concentrado um ponto específico.

Às vezes, praticando mais pra acumular tempo de tecla do que algo com muita qualidade.

E essa própria variação entre “qualidade e quantidade” sendo feita durante o dia…

Durante a semana…

E durante os meses.

No meio dessa troca de “qualidade e quantidade” o amador, claro, pode acabar caindo no seu pecado mortal.

Mas falaremos mais disso amanhã.

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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NOVO VÍDEO: Tipo de piano ideal para aprender a tocar

Hoje, vamos voltar no tempo e revisitar um dos meus primeiros vídeos para o Youtube, gravado há 10 anos! É isso mesmo: neste mês completamos uma década de “Aprendendo Piano”, e não pude deixar de fazer um react especial ao vídeo onde debatemos uma questão clássica: piano acústico, piano digital ou teclado?

Aqui está:


O único recital que me faltou

Já faz tempo que minha preocupação não é mais “qual vai ser o próximo recital?”

Para um solista, o recital não é só uma oportunidade de exibir sua arte…

Não é só o desfecho de uma preparação que pode levar meses…

É também o que põe o pão na mesa.

Neste mês em que o “Aprendendo Piano” faz 10 anos, lembro com carinho de todos lugares grandiosos (alguns nem tanto) que pude tocar, fazendo questão de não me apegar ao estresse, as incertezas, e os percalços que uma carreira de solista apresenta, mas confesso que tenho não tenho plena certeza se preferiria de volta uma vida de solista em troca da “carreira” que construi na internet.

Falo sério…

Não tenho certeza.

Só um ponto não me deixa dúvidas:

Eu queria ter feito só mais um recital.

O local nem importa…

Só me faltou um único recital na vida, mas que agora é impossível de acontecer.

Você deve imaginar que sempre que possível, meu recitais estavam cheios de parentes. Pai e mãe eram presenças garantidas, mas outros parentes de vários graus também sempre conferiram. Aconteceu que várias vezes que toquei em São Paulo, tentei levar minha avó paterna pra assistir. Mas sua fragilidade sempre foi um impedimento.

Minha madrinha dizia que ela não aguentaria a emoção…

Que não aguentaria presenciar o seu neto ali nos palcos.

Eu até tentava contrapor que era um exagero…

Hoje penso que provavelmente isso era verdade.

Agora, se o tempo voltasse, se minha vó estivesse por aí de volta e eu tivesse certeza que ela aguentaria a emoção…

Ahhhh….

Com toda certeza eu faria questão de passar por todo o estresse de um recital novamente.

O recital com a presença da minha vó foi o único que me faltou.

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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Banalidades de Yuja Wang

Veremos neste novo vídeo desde um clássico de Natal que quase foi esquecido…

Até declarações polêmicas de uma virtuose do piano que me deixou meio indignado.

Também vamos falar também sobre histórias hilárias de bastidores que parecem ter saído de uma comédia de teatro, momentos emocionantes de superação com grandes maestros, estreias grandiosas em palcos internacionais e um merecido reconhecimento que celebra o talento nacional.

Em qual vídeo?

Neste:


Isto aqui é pra quem ouve o próprio áudio antes de enviá-lo (no zapzap ou qualquer outro lugar)

Hoje o que interessa é se você ouve ou não o próprio áudio antes de enviá-lo, seja no zap, seja em qualquer outro lugar.

E por que isso interessa?

Porque revela uma peculiaridade da gravação que você deve usar se está praticando piano, se vai começar um dia ou se começa e para, começa e para sem parar.

O que você avalia quando ouve o áudio antes de enviá-lo?

Se sua voz está bonita?

Se as frases fazem sentido?

Se você foi claro?

Pra imaginar o que a pessoa vai sentir quando ouvi-lo?

Sim, tudo isso aí.

E quando você encontra alguma coisa que não te agrada no áudio…

Você NÃO o envia, certo?

Você corrige o problema gravando outro, não é verdade?

Sim, companheiro, é isso mesmo.

Então…

Você não acha que essa é razão mais que suficiente pra você se convencer que gravar você tocando piano (se você já pratica, quando começar a praticar ou se começa e para sem parar) é uma ferramenta excepcional pra fazer você evoluir de uma maneira muito mais rápida, mais eficiente, mais segura?

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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Qual tipo de “ouvido absoluto”?

Semanas atrás comentei que existem vários tipos possíveis de “dons” musicais.

E não só isso:

Que entre os dons existem “graus” diferentes.

Por exemplo:

Muita gente tem dificuldade em perceber as colcheias.

Enquanto outras não…

Elas parecem ter um “dom” de reconhecer colcheias…

Algumas até em reconhecer semicolcheias.

Agora, se for feita mais divisões, misturando fusas e semicolcheias…

Aí pode ser que essa pessoa se perca.

E o dom natural dela não alcance, sem esforço, essas diferenças.

Então digamos que o nome desse “dom” natural seja “percepção rítmica”.

Poderia até se criar uma escala de 1 a 10 pra isso.

1 sendo a percepção mais fraca…

E 10 o nível mais alto de percepção.

Aí o problema reside no seguinte:

Digamos que uma pessoa tenha uma nível 6 de “percepção rítmica”. Ela passa meses feliz pela facilidade que tem em lidar com ritmo, aliás os elogios e confetes que todos ao seu redor jogam, deixa essa pessoa mais empolgada. Aí essa pessoa chega num ponto que precisaria de um nível 8 de percepção. Mas o seu “dom” não alcança essa necessidade e ela não se educou direito pra ter as ferramentas de base pra ter essa percepção. Agora ela está no fio da navalha. E o dom pode ter se transformado numa maldição.

Ok…

Tudo isso eu já tinha dito semanas atrás.

E só pra reforçar:

Não conheço, nem quero conhecer, nenhuma lista “científica” de dons…

Muito menos uma divisão oficial de graus de habilidades.

Eu só comentei acima algo assim pra deixar claro o cenário.

Muito bem!

Mas nós temos um elefante branco na sala…

Temos um unicórnio correndo solto pelas campinas…

Temos uma fênix riscando em chamas nossos céus:

O incrível OUVIDO ABSOLUTO.

Só os grandes gênios têm ouvido absoluto…

Aliás, todos os grande gênios tinham ouvido absoluto…

Não é mesmo?

Não é bem assim, não.

Alguns (vários) não tinham.

E mais ainda:

Essa diferença de “graus” também se aplica ao ouvido “absoluto”.

Sim, “absoluto” entre aspas…

Porque “absoluto” é mais uma propaganda.

Nem os “absolutos” são absolutos.

Existem vários tipos de “ouvido absoluto”.

E nem sempre é algo desejável.

Sim, eu sei que você viu um vídeo de um menininho reconhecendo as notas de uma vidraça quebrando.

Conheço esse tipo de vídeo também.

Lembra do que falei sobre “fumaça e espelhos” do mundo online?

Pois é:

Fumaça e espelhos.

Não só isso!

Como eu disse, nem sempre o ouvido absoluto é desejável.

Muitas vezes também é uma maldição.

Josef Hofmann contava de um parente (talvez o pai dele) que tinha um ouvido absoluto muito muito apurado, mas que não reconhecia uma melodia famosa caso ela fosse tocada em outra tonalidade, porque a diferença era tão grande, ele era tão sensível a mudança, que não conseguia reconhecer algo tão familiar.

Sim, eu sei que muitos aí vão dizer que mesmo assim isso é uma benção…

Que ter essa experiência seria maravilhoso…

Mas não é bem assim não.

Na prática, as coisas são mais complicadas.

Enfim, tudo isso pra dizer:

Pare de ficar resmungando por falta de dom!

Mãos à obra!

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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15 grandes compositores e suas obras mais famosas

As obras que atravessaram os séculos e moldaram a história da música…

Você as reconhece?

E os seus compositores?

Teste aqui:


Top 10 vídeos de 2024

Ok… ok…

2024 já passou…

Mas resolvei selecionar os 10 melhores vídeos de 2024 do meu canal.

“Melhores” no quê?

Bem, não interessa…

O que interessa é que vale a pena vê-los ou revê-los.

Aqui estão:

Músicas sem melodia: a música moderna matou a melodia?
https://youtu.be/Q9CTqqWdRkM

7 Regras Para Tocar Bach (a 4ª é inesperada e a 7ª é poética)
https://youtu.be/FjtAx7d7nZM

A Melodia Mais Bonita de Chopin
https://youtu.be/FrlD0EgQZKE

A Técnica Perdida de Bach
https://youtu.be/Ks_twx8vdzw

Exercícios de piano extremamente musicais
https://youtu.be/tSJHPhG_uzw

O que toquei no piano quando estava despreparado
https://youtu.be/sCPhxGJEnSw

O que é tocar com sentimento?
https://youtu.be/S0Y9vVXDdrI

O que é um Noturno? É só um estilo de Chopin?
https://youtu.be/7O6PwpJ_WaA

Como corrigir ou limpar a sua técnica no piano
https://youtu.be/hwV6ek8CMh4

Professor de piano NÃO é a solução que você precisa
https://youtu.be/rQonQVYE9yw


Previsões musicais para 2025

De inovações que podem mudar a forma como vivemos a música…

Até o retorno de velhos costumes com um toque moderno…

O por vir promete mexer com a essência da arte musical como a conhecemos…

Será que é verdade?

Vamos especular sobre essas mudanças (e outras coisas) aqui:


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