Uma das grandes vitórias pra qualquer aprendiz no piano, é começar a perceber os “tempos musicais”.
Algumas vezes chamamos de “tempo” a velocidade da música.
Mas, na maioria, “tempo” é a “batida” ou “pulso musical”.
É aquilo que faz a gente bater o pé ao ouvir uma música.
E essa vitória a que me referi, não é a vitória de somente bater o pezinho corretamente no pulso, mas é perceber que o ritmo da música acontece como que numa dança ao redor desse pulso. E repare que falei “perceber”, que é diferente de fazer continhas e analisar a música numa prancheta.
O básico pra isso é ter paciência…
E utilizar com consistência as práticas de aprendiz.
Mas não é sobre isso que quero falar.
É sobre um detalhe:
Dono dessa percepção dos pulsos musicais, esse aprendiz pode aprofundar-se teoricamente.
Veja bem:
A todo momento nos referimos a uma “semínima” como equivalente a um “tempo musical”.
Não tenho preciosismo com isso…
Mas não é essa a essência de uma semínima.
Você sabe, a “semínima”, aquela figura rítmica com uma bolinha preta e uma haste…
Na essência ela é uma RELAÇÃO.
A relação dela com uma “mínima”:
A metade de uma mínima.
A relação dela com uma “colcheia”:
O dobro de uma colcheia.
Portanto ELA NÃO É UM TEMPO.
Só é equivalente a um tempo em compassos com uma certa configuração na sua “fórmula”.
Por que isso é importante?
Porque isso parece, mas não é complicado.
Não pra quem tem aquela sensação que citei no começo.
Pra quem tem aquela sensação, fica claro que isso que parece uma complicação é uma FERRAMENTA maravilhosa pra lidar e comunicar a dança fantástica do ritmo e do pulso musical.
Pra quem quer conquistar isso, não vale colocar o carro na frente dos bois…
Ou achar que “estar informado” é o mesmo que “estar educado”.
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