Uma palavra terrível e uma tática para antes de ir ao piano

Não muito tempo atrás um aluno bem intencionado sugeriu que eu trocasse o “estudar” por algum termo menos genérico.

Que não falasse “estudar piano”, mas “tocar piano”.

Melhor ainda:

“tocar no piano”.

Evitando a referência ao termo genérico.

Sempre ligar a intenção ao resultado específico ou diretamente em uma música.

Essa idéia é realmente muito boa.

Sempre é melhor usar o termo específico do que um termo genérico.

Aliás, muitos estudantes poderiam se beneficiar ao utilizar essa tática momentos antes de ir para o piano. Definindo claramente o que será realizado ali. Com qual música, ou os trechos específicos, ou quais exercícios, ou quais 2 ou 3 problemas que serão selecionados pra trabalhar. Tudo isso antes de colocar os dedos nas teclas. Isso serve pra não se enganar que está “estudando piano” quando na verdade está só passando os dedos nas teclas ou pulando de galho em galho, buscando inspiração ao invés de estudar de verdade.

Sim, esse aluno tem razão.

Apesar disso, continuarei insistindo na palavra “estudar”.

Por quê?

Porque qualquer professor sabe que a palavra “estudar” tem um segundo problema:

Ela causa arrepios de terror nos alunos.

Então continuarei apenas, por insistência, falando pra vocês:

“– Estudem, estudem, estudem…”

Pode ser que aconteça igual aos biquínis na praia:

No começo causou escândalo.

Agora é a coisa mais normal.

Assim, quem sabe, um dia todos estarão rindo dos “segredos”, “pulos-do-gato”, e essas coisas.

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