De volta ao Brasil e eu desesperado pra comer uma coxinha.
Ainda não consegui.
Desde que um amigo me contou que de passagem pelo Brasil também estava desesperado por uma coxinha e parou em qualquer lugar pra matar a ânsia e, para desespero geral da expectativa, ao morder a dita cuja, encontrou um ovo cozido dentro, sem nenhum traço de coxinha “de frango”, eu jamais me arrisco a fazer a mesma coisa.
A coxinha ainda está na minha lista de coisas a fazer.
Agora, água-de-coco e caldo-de-cana, não.
Essas já foram devidamente riscadas da lista.
A simplicidade da água-de-coco é coisa encontrada apenas em Mozart.
Você não precisa de mais nada.
E pode mesmo tomar um monte, assim como pode escutar um monte de Mozart.
Dizem até que água-de-coco faz bem.
Igualzinho Mozart.
Me vem à mente a palavra “perfeição”, mas vamos deixá-la de fora.
Outra coisa é que você pode ver o coco sendo colhido…
Furado…
E servido.
É algo limpo e evidente.
Feito Mozart.
Caldo-de-cana, ou garapa como diz meu sócio, já é uma coisa exagerada.
Feito Chopin.
O processo de produção já é mais exigente.
E sempre tem uns ingredientes secretos.
Parece mesmo Chopin.
É MUITO BOM, mas se beber muito enjoa.
É doce demais.
Deve ser apreciado com moderação.
Senão desregula toda nossa régua de apreciação.
Igualzinho Chopin.
Se degustado com moderação é capaz de satisfazer.
De parecer que nos alimenta.
Acontece que é só a sensação e não a plena realidade.
Do mesmo jeito que Chopin.
Devo salientar que tanto água-de-coco quanto caldo-de-cana são EXCEPCIONAIS.
Mas você sabe bem como lidar com cada um.
Poderíamos adicionar uma pequena analogia alimentar também com nosso feijão-com-arroz.
E mais:
Com o nosso feijão-com-arroz-bifão-com-zoiúdo.
Mas deixarei essa pra vocês.
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