Permita-me explicar:
A língua portuguesa é de fato manhosa…
Só porque escrevi no título “Sustenidos e bemóis NÃO são as teclas pretas do piano” nosso idioma não permite de jeito nenhum que você conclua que “As teclas pretas NÃO são sustenidos ou bemóis”.
Porque, sim, as teclas pretas SÃO sustenidos ou bemóis.
Mas as teclas brancas também PODEM ser.
Em qualquer livro de teoria ou blogzinho de teoria musical, será explicado que por coerência teórica existem referências a notas como Fá## (Fá sustenido dobrado) e que esse Fá## equivale a tecla do Sol natural. A lógica do piano é a seguinte: um # (sustenido) indica que devemos avançar uma tecla, portanto um duplo sustenido indica que devemos avançar duas teclas.
Viu só?!?
Uma tecla branca pode ser Sustenido.
Na realidade mais real, um Fá## NÃO equivale ao Sol natural.
O som delas é DE FATO diferente.
É verdade que são bem próximas.
Mas SÃO diferentes.
Acontece que pra simplificar e favorecer uma organização compactada, as teclas do piano foram dispostas do jeito que são e isso exigiu esse tipo de simplificação.
Muito bem.
Por que estou contando tudo isso?
Pra proibir que alguém pense de maneira simplificada?
Não.
Eu também vou continuar, na prática, considerando sustenidos e bemóis como tecla preta.
Porque isso deixa a didática mais fluída…
E é compatível com todo o universo do piano e do teclado.
O objetivo central deste texto é ilustrar um dos motivos de eu dizer sempre que “A teoria NÃO deve ser a senhora dos estudos”.
Claro, isso no caso de alguém que quer aprender a tocar um instrumento.
Se o sujeito quer de verdade compreender o universo teórico…
Ou se precisa expandir sua visão para abarcar mais instrumentos…
Então a teoria pode ser usada como mapa principal.
Mas o caminho de quem quer aprender piano é encarar a teoria como conselheira.
Como?
Como é feito no treinamento “O Pianista Aprendiz”.
O link pra entender do que se trata e participar desse treinamento é este:
