Sussurrando coisas sujas no seu ouvido

Preciso pedir uma coisa:

Neste texto vou admitir coisas muito sujas, erros que cometo, e preciso que seja um segredo entre nós. Preciso que todos os meus alunos (e na verdade todas as pessoas do mundo) pensem que sou infalível. Então que essa história fique entre eu e os milhares de vocês que lêem.

Aqui vai:

Eu esbarro nas teclas.

Sim, admito.

E pra deixar a história ainda mais suja:

Toda vez que toco alguma música, esbarro em teclas erradas.

E agora vamos passar da sujeira para o terror:

É normal esbarrar na teclas.

Realmente é admirável quando escutamos alguém que toca sem esbarrões, mas a verdade é que esse nível de perfeição não é lá muito saudável e, dizendo mais a verdade ainda, NÃO é a falta de esbarrões que diferencia um iniciante de um avançado, nem o que diferencia um amador de um profissional.

Claro, isso depende do que se entende por “esbarrão”.

Existem 2 tipos de esbarrões.

Só o primeiro tipo é aceitável.

O primeiro tipo é aquele que acontece inevitavelmente.

Mas, como o sujeito estuda corretamente (estuda pra não ter tensão muscular nas mãos e nem endurecimento dos dedos) então os esbarrões dele são leves, praticamente imperceptíveis. Outra característica desse tipo de esbarrão:

O sujeito de fato estuda as escalas…

Estuda a preparação de saltos corretamente…

Os esbarrões dele estão dentro da tonalidade.

Porque a sua mão está “preparada” para o formato certo.

E um esbarrão dentro da tonalidade não causa muito desconforto.

Claro que isso não pode acontecer em grandes quantidades.

Esse alguém que estuda assim está sempre atento aos erros exagerados.

Agora, o esbarrão do segundo tipo, não.

É o esbarrão do sujeito que não estuda.

Que toca cheio de tensão corporal.

Então, quando ele esbarra, até a Luiza que está lá no Canadá escuta.

E como sua mão é descontrolada, seu esbarrão foge da tonalidade.

A única analogia que consigo pensar nesse momento para um esbarrão fora da tonalidade, é a de alguém cantando lindamente e de repente um maluco aparece girando um gato pelo rabo. Mas vocês só entenderiam essa analogia, se já tiverem visto o que um gato faz quando é rodado pelo rabo… mas acho que vocês entenderam mesmo assim.

Enfim, os cabeças-de-manjar não tem de desejar se livrar dos esbarrões…

Mas desejar aprender a estudar cada vez melhor e com mais eficiência.

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