Já comentei uma coisa ou duas sobre “execução mental”.
Esta pergunta aqui é mais uma chance de esclarecer o assunto:
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Professor Felipe,
Sou muito agradecido pelas suas orientações musicais, realmente são muito valiosas! Peço-lhe também uma dica de estudo por favor; o senhor disse que ao fazer a execução mental a gente deva ir pensando nota a nota a cada trechinho, na colocação de cada dedo no teclado e assim até conseguir finalizar a peça toda então eu pergunto: Posso solfejar (em voz alta) e falando a cada dedo na tecla?
Desculpe é apenas um detalhe,talvez um pouco tolo!
Obrigado
Paulo GRU
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Em primeiro lugar:
“Execução mental” serve pra quem já está há muitos anos estudando piano.
Em segundo lugar:
De jeito nenhum!
“Execução mental” é “mental”.
Tentar solfejar enquanto pratica isso não é apenas um exagero, é impossível.
Imagine por exemplo um trecho muito rápido.
Toda sua atenção estaria voltada para o solfejo…
E bye-bye execução mental.
Terceiro lugar:
Esqueça o solfejo.
Esqueça o nome das notas.
Busque mentalmente a sonoridade musical (ou resultado sonoro) e as teclas que precisam ser tocadas.
Aqui torna-se claro a possibilidade desse exercício apenas para os avançados.
Não é elitismo ou birra.
É que somente um avançado pode compreender direito o que é lembrar da sensação das teclas.
Não é uma lembrança mecânica.
É uma lembrança táctil.
Algo que só é realmente possível depois de muito tempo lidando com formato das mãos…
Com variação de articulação…
Enfim, com o estudo sério que faz dominar tecnicamente o instrumento.
Quarto lugar:
Mais acima escrevi “busque mentalmente a sonoridade musical”.
Isso NÃO significa a melodia.
Mas o resultado musical completo.
Quinto lugar:
A “Execução mental” coloca o nosso domínio da música em outro nível.
O que quer dizer que é necessário ter algum nível de domínio da música.
Por isso é importante que cada um de vocês compreenda quais problemas está enfrentando.
Pra então conseguir encontrar uma solução.
Sem esperar que algum truque qualquer possa resolver magicamente.
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