Só corre quem não anda

Outro dia, falei que o aumento da velocidade de pouquinho em pouquinho funciona só até certo ponto.

Minha intenção não era falar mal do “aumentar de pouquinho em pouquinho”.

Era dizer que isso tem um limite.

Só isso.

Sabe, às vezes um charuto é só um charuto…

Sem nenhum simbolismo patriarcal por trás.

Mas suspeitando que muito mais gente além dos que me questionaram por e-mail ficou com a pulga atrás da orelha, vou dar um banho e tosa na geral. A dúvida é justificável e natural: “Se tenho de alcançar certa velocidade, não é treinando lentamente e aumentando a velocidade aos poucos que vou chegar no objetivo?”

Sim e não.

Vai depender do objetivo.

É o que o meu “até certo ponto” indica na afirmação original.

Se o seu filho de 2 anos estiver em direção à Avenida Paulista, longe de você, não é andando cada vez mais rapidamente que você vai alcançar a velocidade necessária pra chegar nele antes do pior. É só correndo, ou seja, mudando completamente o padrão dos movimentos, que você alcançará êxito. É a explosão imediata para a corrida que resolverá o problema. E, se você fizer o teste aí em uma rua qualquer entenderá bem, andar cada vez mais rápido, sem mudar o movimento, resulta na pitoresca marcha atlética e NÃO em corrida.

Assim é com várias peças.

Em algumas situações, a velocidade exige uma restruturação no conjunto dos movimentos.

Mas esse novo padrão é pouco intuitivo.

Por isso é preciso instrução, estudo, e experiência.

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