Vez ou outra alguém comenta no Youtube:
“Felipe, crie playlists aqui dos seus vídeos no Youtube assim facilita para os inscritos”
A pergunta é boa, já que manter a organização do material é uma premissa básica para o progresso nos estudos, mas essa pergunta esconde algumas outras premissas que não estão presentes no meu modo de ensinar, nem no modo como pretendo despertar os alunos.
(se você não sabe o que é “playlist”, então vá até o Google e pesquise “o que é uma playlist do Youtube”)
Bem, vamos organizar a explicação disso.
Aqui estão alguns motivos pra não existir playlists no meu canal:
1) Demonstração do método:
Fora alguns poucos vídeos que estão em série, não existe uma ordem para os meus vídeos publicados no Youtube.
Sem professor presencial, recomendo atacar o estudo por problemas.
Não exatamente por níveis pré-determinados.
E os problemas tem uma estrutura caótica.
Assim como os vídeos que publico.
2) Despertar a inteligência:
Se o aluno por si mesmo encontrar algum tipo de ordem, algo como os principais problemas que ele mais enfrenta, então ele mesmo deve criar suas playlists.
Isso é o mesmo que manter o aluno atento.
É instigá-lo (e por que não obrigá-lo?) a tornar-se íntimo dos outros vídeos já publicados.
Claro que isso é totalmente contrário a lógica do Youtube…
Na qual o mais recente e mais chamativo é o vencedor.
Mas quer saber de um segredo?
Evitar esse tipo de comportamento é pré-condição pra despertar a inteligência.
É preciso concentração.
E não dispersão.
3) Afastar os cabeças-de-pudim:
Tem coisa que afasta mais um cabeça-de-pudim do que forçá-lo a pensar?
4) Antecipar os problemas:
Se crio playlists, o sujeito acaba deixando pra assistir depois.
Por que, ele pensa, “tudo já está organizado, basta eu assistir quando quiser”.
O “quando quiser” dele é no momento em que está cheio de problemas…
Naqueles momentos em que já está quase desesperado sem conseguir resolver algum trecho musical.
Aí ele vai no canal e procura desesperadamente por uma solução…
Pra um problema que provavelmente ele nem sabe qual é.
Mas se ele se mantiver atento, então antes mesmo do problema acontecer já terá possuído a informação de como resolvê-lo. Ou, no momento em que um problema pianístico acontece, ele saberá dar um nome para o problema, o que é meio caminho andado pra resolvê-lo.
5) Respostas:
Na maioria das vezes, os vídeos do Youtube são respostas para problemas que algum aluno me apresentou durante a semana. E embora as dificuldades ao piano sejam parecidas entres os alunos, elas podem acontecer em momentos diferentes. Ou seja, novamente algo sem ordem.
6) Eu crio sim playlists:
Mas não playlists públicas.
São playlists especiais que envio para determinados alunos com objetivo específico e não para o público geral.
7) Já tenho material organizado:
Trata-se do treinamento “O Pianista Aprendiz”.
Conheça os detalhes aqui:
