Velho e sábio ditado:
“Quando o navio afunda, os ratos são os primeiros a abandonar o barco”
Acontece o seguinte:
Se mantiver um bom ritmo de estudo, em 2 anos o estudante alcança um nível muito confortável.
Podemos chamar de “o nível da arrogância”.
Ele já não tem mais aquelas dificuldades iniciais.
E aprendeu verdadeiramente que pode dominar o piano cada vez mais.
Aí é que mora a armadilha desses 2 anos.
A armadilha do relaxamento.
Não do relaxamento necessário, aquele que nos faz controlar tecnicamente as coisas.
Mas o relaxamento dos estudos.
Afinal, esse estudante pensa:
“– Ah! já sei que posso avançar, então, quando eu quiser, me dedico…”
E assim o tempo vai passando.
Água começa a entrar no barco do aprendizado.
Ao invés de estudar todos os dias, começa a pular um…
Depois dois…
Depois três…
Depois uma vez ou outra apenas…
Depois só passando os dedos bem de vez em quando naquelas músicas que lembra…
E sempre pensando:
“– Já sei como tudo funciona, quando eu quiser, volto a estudar…”
Logo logo a água já entra por tudo e começa a aparecer no convés.
Quais são os ratos que nessa hora saltam desse barco do aprendizado?
O primeiro grupo de ratos com toda certeza são os ratos da agilidade.
Depois desses vem o grupo da precisão pra acertar as teclas.
Nesse momento alguns sentem o perigo e correm pra salvar o barco.
Outros acham que ainda está tudo sob controle.
O único jeito de manter esses ratos covardes no seu lugar é jamais ceder a essa época de arrogância e manter os estudos com variação de articulação e força nos dedos.
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