Pulga, desatenção e autoconfiança: todos contra o piano

Não consigo deixar de pensar que atacar as teclas com as unhas é coisa de quem tem uns 4 cachorros, 5 gatos e um quintal de gramado repleto de pulgas. A pessoa coça tanto a canela e a panturrilha que quando chega na hora de praticar pensa que o piano também precisa de alívio pra picada.

Quem tiver uma tese melhor que me avise.

Também tem o caso daquele que, a cada ataque, dobra a última falange do dedo, perdendo, com isso, toda firmeza e estabilidade que um dedo bem estruturado tem.

Esse aí faz assim por pura desatenção…

Não é por causa das pulgas…

É porque não se deu conta de que existe o jeito certo de encostar nas teclas.

Eu não queria, mas vou falar também de quem tem dúvida de que não dá pra tocar piano com unhas grandes.

Já me fizeram muito essa pergunta.

Isso aí não é pulga nem desatenção…

É excesso de autoconfiança:

A pessoa confia tanto em si que acredita que vai achar um jeito de contornar o estorvo causado pelas unhas sobressalentes.

Nada disso.

Nem unha grande…

Nem tocar com as unhas…

Nem dobrar as falanges.

Nunca.

O ataque correto é feito com os dedos levemente curvados e firmes.

Não enrijecidos.

Apenas estáveis, seguros, resolutos.

Com eles bem estruturados, vão até servir melhor contra os ataques de pulgas.

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