Primeiro pense para depois parar de pensar

Você já percebeu que pra fazer certas coisas a gente não precisa necessariamente pensar?

Simplesmente fazemos.

O melhor exemplo que me ocorre é dirigir um carro.

Se você dirige há um bom tempo, não pensa mais no pé esquerdo que aperta a embreagem enquanto o direito solta o acelerador enquanto a mão direita troca a marcha enquanto a esquerda segura o volante enquanto você ri da piada do radialista enquanto mastiga amendoim japonês e, não esqueçamos, tudo isso enquanto respira e pisca.

É um amontoado de ações simultâneas que dá a impressão de que os membros estão se movimentando sozinhos.

Agora, me diga, foi sempre assim?

Não mesmo.

No começo tudo era um problema.

No aprendizado de piano também é assim.

A solução, tanto pra aprender a dirigir quanto pra aprender piano, é ter tempo pra pensar.

Antes de poder dirigir sem pensar, você teve de pensar em cada movimento.

Antes de tocar piano maravilhosamente bem sem pensar, você precisa pensar em cada movimento.

Por isso da minha insistência inescrupulosa de, feito um disco riscado, ficar repetindo sem cessar:

“– Estude lentamente, lento mesmo, mais devagar ainda, tá muito rápido isso aí…”

É só com o estudo lento que você vai conseguir PENSAR em tudo que tem de fazer.

Pra enfim transformar a habilidade de tocar piano em uma segunda natureza.

Não se preocupe em engatar a segunda marcha, não tem ninguém buzinando atrás de você.

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