Todo homem brasileiro dos 9 aos 65 anos tem um compromisso toda terça e todo sábado.
É a pelada.
Pelada com a rapaziada.
Às vezes tenho a impressão que muita gente pensa que pra conseguir tocar piano, basta seguir a mesma lógica do futebolzinho do fim de semana: basta 1 dia, não tem treino, é só bater uma bolinha, botar um gelo nas contusões, e tomar uma gelada com a rapaziada depois do jogo.
E não pense que só aluno virtual faz isso.
Quantos de vocês aí, mesmo com professor particular de piano, não praticam só meia hora antes de começar a aula?
Não me entenda mal:
Não estou dizendo que só quem tem pretensões profissionais vai tocar piano.
O que estou dizendo é:
Existem coisas além de “diversão” e “profissão”.
O piano é uma dessas coisas.
Afinal, mesmo as músicas mais simples precisam estar no ritmo.
E ninguém é obrigado a nascer sabendo lidar com o ritmo.
Então existe um treino pra isso.
Além disso, nosso dedão quer bater feito uma marreta nas teclas…
E o dedinho que bater feito um franguinho…
Então existe um condicionamento pra eles.
Além disso, mesmo uma música que podemos considerar “fácil”, pode ter trechos desafiadores, por exemplo, trechos que são tocados mais rápidos, ou que inesperadamente saltam de posição no teclado.
Então as dificuldades são enfrentadas com estratégias.
Enfim, encare o piano como o piano deve ser encarado, não como a obrigação do trabalho para sobreviver, nem a informalidade da pelada de fim de semana, que o sucesso com o piano vai ser construído passo-a-passo.
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