Peraí… “períodos pianísticos”?

Alguns dias atrás mandei um e-mail citando uns tais de “períodos pianísticos”, que não tem nada a ver com os costumeiros “períodos musicais” (período medieval, renascentista, barroco, clássico etc etc etc). Relacionei esses “períodos pianísticos” com meses de prática de piano: 6 meses, 12 meses, 24 meses, e 48 meses.

Para cada um desses “períodos” relacionei uma “regra prática”.

E quem quiser saber quais eram, por favor, vire-se.

Não vou repeti-las aqui.

O que quero comentar é:

Com 6 meses relacionei um “jamais”.

Com 12 meses, um “evite”.

Com 24, um “lembre-se”.

Com 48, “atormente-se”.

Agora, esqueça um pouco esse negócio de “meses”.

Uma periodização assim tão fixa é algo útil, mas muito variável.

Hoje quero que você se concentre na palavras relacionadas.

No começo do começo, existem coisas que você JAMAIS deve fazer.

Não importa que você viu um vídeo do Rubinstein fazendo.

Você não é o Rubinstein.

Ou, na melhor das hipósteses, ainda não está no mesmo nível do Rubinstein do vídeo.

Também não importa que um macaco desses de Instagram tenha dito que vai te revelar o segredo dos profissionais, ou que você vai ser para sempre um idiota enquanto não fizer o que ele está dizendo, ou que basta você seguir o super-truque-turbo-supimpa que ele tem pra te ensinar e tudo será maravilhoso… simplesmente tenha em mente que existem coisas que um super-iniciante jamais faz.

Agora, isso significa que jamais vai fazer?

Não… as outras palavras dos “períodos” estão ali pra indicar isso.

Depois de um tempo, você até as faz, mas sempre evitando quando possível.

Ou seja, pra encurtar o assunto, conforme você avança no piano, desenvolvendo a técnica e o controle, o seu nível de consciência e de capacidade vai mudando, e você pode (e deve) recorrer a coisas que antes não deveria recorrer, simplesmente porque antes estava seguindo uma linha didática que ESTAVA TE AJUDANDO A SE DESENVOLVER ATÉ CHEGAR NO PONTO QUE NÃO PRECISA MAIS DELAS E PODE PARAR DE EVITAR ALGUMAS OUTRAS COISAS.

Captaram o recado?

Bem, já se gastaram palavras demais por hoje, algum outro dia darei um exemplo de coisa que se evita no começo, mas que depois acaba virando uma bela ferramenta.

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