Olhe por esse buraco da fechadura aqui

Sempre que uma criança bisbilhota por um buraco de fechadura…

Ela merece um puxão de orelha.

E é exatamente o que nós vamos fazer.

Não o puxão de orelha…

Mas a bisbilhotada.

Semanas atrás perguntei quais fetiches (no sentido de feitiços) musicais mentirosos foram abandonados na medida que se praticava piano, e alguns alunos enviaram a resposta. Como não perguntei se podia divulgar, não vou revelar seus nomes. Então vamos apenas bisbilhotar:

1

“Eu achava que o fato de conseguir a partitura da versão de um vídeo que eu estava assistindo (geralmente do YouTube) seria o suficiente para eu aprender aquela música associando as notas da partitura aos movimentos do pianista.”

2

“Eu tinha uma mania, não de aprendizado, mas de expectativa. Eu me imaginava sentado junto ao piano, inspirado por ideias cintilantes, sendo arrebatado por efusões de criatividade enquanto a magia das notas saía espontaneamente de minhas mãos. Era realmente assim que eu imaginava que seria. Depois, eu fui aprendendo a achar mais prazer no processo lento de superar um pequeno desafio a cada dia, e ver pouco a pouco as coisas se tornando mais fáceis, e perceber as dificuldades se desfazendo de semana em semana. Isso foi o que transformou minha vida no piano: ver resultados pequenos, mas reais, palpáveis, embora no início só fossem perceptíveis para mim mesmo, mas isso já basta para me animar a seguir em frente.”

3

“Hum… Acredito que a minha maior ilusão foi achar que daria para ‘sair tocando’ apenas olhando dicas e ‘aulas’ no youtube.

Mero engano, após aprender uma metodologia de como aprender uma peça no curso*, posso dizer com toda a certeza, que o meu rendimento/desempenho melhorou drasticamente. Não apenas o tempo de aprendizagem de uma peça diminuiu, como também as falhas, o tempo correto etc.

Ah, outro ponto, mas este eu descartei no primeiro dia, foi acreditar que métodos de aprendizado ‘copie + cola’ funcionam, desses que as notas ficam caindo e o aluno apenas aperta as teclas.”

4

“Bom basicamente um fetiche/feitiço (ilusão) que eu tinha é que eu iria aprender rápido a tocar pelo menos uma música completa se eu realmente quisesse muito, mas hoje graças as suas aulas* eu sei que não é bem assim, claro a motivação é importante mas ainda sim ela é apenas uma engrenagem para a máquina funcionar, então eu acredito que eu matei a ilusão de que basta eu querer muito e será fácil aprender… Hoje eu sei que eu preciso querer e lutar para conseguir…”

5

“O meu antigo fetiche era que para tocar piano bastava ser naturalmente talentoso e inspirado — coisa que eu não sou. Eu desconsiderava completamente o imenso esforço por trás de uma boa interpretação.”

* Os alunos se referem ao meu curso “Do Zero à Pour Elise”.

Este aqui:

https://www.metodorealdepiano.com.br/