O que faço pra me preparar para uma apresentação pública de piano

Eu havia anotado essa situação pra comentar com vocês, e aconteceu aquilo que acontece quando anoto qualquer coisa: ela some da minha memória. Agora que esbarrei na anotação novamente, não posso perder a oportunidade de contar.

Como vocês sabem, este ano eu me preparava para uma apresentação na Ucrânia.

Dois dias antes da viagem, estoura a guerra.

Agora, o ponto importante, e talvez vocês não saibam, é que também tenho um núcleo da loucura.

São vários testes que faço no piano.

Testes que variam entre a técnica, harmonia, interpretação…

(até mesmo na afinação)

Originadas da minha própria loucura ou da loucura de terceiros que chegaram aos meus ouvidos. Mas uma coisa me chamou atenção enquanto me preparava para essa apresentação que foi cancelada por motivos explosivos: a preparação não tinha loucura nenhuma. Era o be-a-bá disciplinado que dá resultados desde que a roda ainda era quadrada.

Sim, sim, vez ou outra algo do núcleo da loucura merece subir até o núcleo principal…

Mas não é o que faz a diferença.

O que faz a diferença NÃO é o que os músicos gostam de falar.

Eles gostam de se mostrar como místicos…

Como abençoados…

Como portadores de uma mágica celestial…

Fazendo vários leigos e amadores caírem na pior armadilha de todas:

A de que precisam achar um segredo mágico.

Bem, não é segredo mágico nenhum que dá resultado.

O fato de que quando a coisa aperta, quando precisamos nos colocar numa situação perigosa, como é tocar um instrumento solo, em um país estrangeiro, em meio a pessoas que estão ali aguardando um determinado resultado, o fato de que essa situação exige algo bem concreto e objetivo na preparação, é a prova de que a mágica está na prática dos fundamentos.

Por falar em fundamentos, pratique-os aqui:

https://www.aprendendopiano.com.br/pianista-aprendiz/