O psicólogo das teclas ataca novamente

Outro dia eu conversava com um ex-aluno dos tempos da faculdade.

No caso, eu cursava regência e ele era meu aluno particular de piano.

Fiquei muito surpreso ao saber que ele estava surpreso por não ter aprendido as músicas que queria. Meu espanto se justificava porque eu sabia que ele não tinha continuado no piano, portanto não tinha como alcançar outro resultado senão não ter aprendido.

Na hora só falei algumas coisas clichês.

Horas depois fiquei pensando:

“Como pode alguém ficar surpreso por não obter resultado nenhum de uma ação que não foi praticada?”

Não pode, mas acontece.

E acontece comigo também.

Inclusive no piano.

Tem música que quero tocar de certa maneira mas não consigo.

Ao lembrar do que já FIZ concretamente pra alcançar a maneira de tocar que almejo na peça em questão, vejo que não corri atrás da máquina. Até comecei, fiz uma ou outra coisa, mas não fui até o fim.

E pior que dentro de mim de vez em quando aparece uma surpresa por não ter conseguido ainda.

Não sei de onde isso vem.

E toda a minha intenção de “psicologia” acaba por aí…

Só sei que esse fato acontece o tempo todo.

É uma coisa meio pensamento-mágico-infantil que estranha não ter diante dos olhos aquilo que APENAS imaginou.

Sei lá…

É uma dessas coisas esquisitas que a gente encontra no nosso interior.

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