O principal motivo pra ter um professor de piano

“– Muito óbvio, filipi, é porque o professor sabe e o aluno não sabe”

Sim, claro, é isso… mas o professor sabe o quê?

“– Sabe tocar piano, oras”

Entendi.

E o que é “tocar piano”?

“– É apertar as teclas do piano pra sair som”

Mas você não consegue sozinho apertar as teclas do piano?

“– Claro né… que pergunta mais idiota… só que quando eu aperto não sai música”

Hmmm…

E qual a diferença entre o som de só apertar e a música?

“– Sei lá… música é música… “

Será que o som da música parece mais organizado?

“– É é é… parece que sai mais organizado…”

Parece que tem um sentido?

“– Isso… parece que faz algum sentido…”

Qual sentido?

“– Não sei não…”

E pra sair com esse sentido, tem que fazer o quê?

“– Bem, acho que acertar no jeito…”

Seria um “como”?

“– Pode ser, tem um ‘como’ tocar que o professor sabe ensinar…”

Bem, como eu disse alguns dias atrás, contato com música e piano é muito bom não importa “como”, mas a experiência de contato com os vários jeitos que as pessoas por aí inventaram de ter com o piano, deixa claro que o principal motivo pra se ter um professor está mesmo no “como” tocar, mas num “como” muito especial.

Vou tentar me explicar bem rápido:

A maioria das grandes dificuldades no piano…

Aquelas que fazem as pessoas ficarem empacadas…

Na verdade começaram como pequenas dificuldades.

Só que de pequenas e ignoradas, tornaram-se grandes e opressivas.

É o caso, por exemplo, das dezenas de pedidos semanais de “intermediários” que me escrevem dizendo que estão cinco anos (ou mais) no piano e gostariam de entender como resolver uma mão esquerda travada.

É isso que um professor pode fazer:

Corrigir os pequenos problemas que não vemos (por ignorância ou por desleixo), para que jamais tornem-se grandes demais.

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