O iniciante totalmente desavisado pensa assim:
“– Quero aprender umas musiquinhas e gosto muito do som do piano, então vou aprender a tocar piano…”
E se tiver sorte de encontrar um professor perto de casa, vai começar aprendendo a fazer fundo musical, algo que preenche o ambiente pra uma melodia expor a idéia musical. Se ele tiver um pouquinho mais de sorte, o professor vai ensinar que ele pode fazer o acompanhamento com a mão esquerda e a melodia com a direita.
O que já é uma incrível evolução.
Muita gente pára por aí.
(E por isso chegam tantos “intermediários” com problema na mão esquerda)
De fato o piano é fantástico porque dá pra fazer acompanhamento na esquerda e melodia na direita.
Mas isso não é o máximo que o piano representa.
Ele pode fazer mais do que um fundo e uma voz.
O piano é capaz de fazer vários acompanhamentos e várias vozes. Por isso se diz que é uma mini-orquestra. Quem tiver interesse de ver algo desse trabalho orquestral, pode procurar o vídeo “Como tocar a Sonata em Si Bemol Maior K. 281 de Mozart” no meu canal do Youtube.
Outros instrumentos também têm um pouco da capacidade de se auto-acompanhar.
Acontece que o piano tem muito mais liberdade.
Agora alguns estão pensando:
“– Essa não seria uma característica de outros instrumentos de teclas?”
Bem pensado!
Sim, essa liberdade orquestral existe em outros instrumentos de teclas.
Mas o piano os supera em outros dois quesitos:
1) Capacidade de variar intensidade (variação entre som fraco e forte)
2) Neutralidade de timbre
Pra evitar explicações mais complexas, essa “neutralidade de timbre” quer dizer o seguinte:
O som do piano é menos enjoativo.
Por isso o piano é muito mais poderoso do que a maioria das pessoas imagina.
É o instrumento com mais liberdade musical em termos quantitativos e, em termos qualitativos, é o que possui o som que a maioria das pessoas mais aguentam ficar ouvindo, ouvindo e ouvindo (e ouvindo, ouvindo, ouvindo…).
Quando contempla essa realidade, não é à toa que o iniciante desavisado pense:
“– Puxa! Eu não tinha idéia que existia esse universo musical!”
Quem quiser aprender a participar desse universo, inscreva-se no “O Pianista Aprendiz” aqui: