Quem tem mentalidade de engenheiro vai gostar dessa. Quem não tem, é bom que aprenda a ter, senão vai se aprofundar na mística musical, mas nunca vai conseguir tocar nada (só na imaginação). Um dia produtivo de “rotina” no piano, é guiado por essas 3 metas relacionadas, mas não necessariamente ligadas:
1) música-alvo
2) dificuldade a resolver
3) pensamento a combater
A “música-alvo” com certeza é a mais importante.
Se conseguirmos realizá-la, nosso maior objetivo está completo.
Nem sempre isso é possível, pois dificuldades musicais podem surgir.
Então praticamos de certa maneira pra resolver essa dificuldade.
Essa é a segunda meta recomendável para um dia produtivo no piano.
Mas vocês sabem bem, nem só de tocar o que quisermos e de resolver dificuldades vive o pianista. Não somos robozinhos. Por qualquer motivo que seja, é certo que muitos dias não temos vontade nenhuma de tocar nada, nem de resolver nada, e provavelmente algum pensamento daninho é responsável por isso. Ou o costumeiro “não tenho dom”, ou o “coitado de mim que não comecei mais jovem”, ou “ai que preguicinha”, e por aí vai.
Saiba que esse pensamento daninho também servir de “meta”.
Pelo menos de meta ao contrário:
Você vai pro piano simplesmente para combatê-la.
O resultado será fantástico?
O dia no piano será lembrado como O DIA que você tocou maravilhosamente?
É quase certo que não.
Então?
Bem, como diria Mediócrates:
“Assim já está bom”.
Às vezes a simples “rotina” de ir até o piano é tudo que precisamos. Às vezes aquela simples apertada adicional no cano é a que o faz parar de pingar. Às vezes aquela pedra que foi desprezada pelos pedreiros é a que servirá para sustentar toda a estrutura que cairia sem ela. Então não despreze um dia de simples ida ao piano, porque esses normalmente são dias de um combate invisível, mas importante.
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