“É curioso como vocês humanos conseguem tantas vezes obter aquilo que não querem.”, Spock
Ontem assisti ao filme mais engraçado dos últimos tempos.
Bem, não é exatamente dos últimos tempos, é de 1940 chamado “A Loja da Esquina”.
O motivo de ser engraçado não é importante, mas lembrei de vários estudantes de piano quando, quase no final, a mocinha principal tenta se explicar para o mocinho, mais ou menos assim: “– Sabe, nós estamos há meses brigando, o que é muito estranho, porque quando te conheci fiquei profundamente apaixonada e não conseguia parar de te olhar. Eu tinha acabado de ler um romance francês, e ali a mocinha conseguiu conquistar quem queria apenas desprezando ele. Tentei fazer a mesma com você. Tentei te desprezar e humilhar, mas você revidou e, desde então, a gente se odeia e só briga. Descobri que não estava em um romance francês, mas na vida real.”
Sabe como é, a maioria dos amadores começa no piano só querendo tocar alguma coisa…
Fazer uma música…
Sentir que pode ser aquele que dá vida à música.
Aí vamos lá e tentamos…
Mas o piano revida.
Não é assim que ele aceita ser tratado.
Sem nem estudar com as mãos separadas?
“– Nem pensar!”, ele responde.
Sem contar os tempos em voz alta?
“– Nem morto!”
Sem juntar as mãos pensando no passo-a-passo, tijolo por tijolo?
“– Que afronta!”
Sem pensar pra onde estão indo as frases e como destacá-las?
“– Suma da minha frente!”
Sei que quem tenta isso tem as melhores intenções.
Quer amizade com o piano.
Quer poder explorá-lo e tocar com liberdade.
Mas sem entender COMO só o que vamos obter é frustração.
Por isso saia do romance imaginário fantasioso, e entre na vida real.
Compreenda os princípios que ensino nas aulas e os coloque em prática.
Não há problema algum em ser um amador, em querer aprender sem pretensões profissionais ou megalômanas.
Mas suas intenções não mudarão a realidade.
Aceitar isso, evitará meses ou anos de briga com o piano.
Quem quiser aprender os princípios, inscreva-se no “O Pianista Aprendiz” aqui:
