Não há nada de errado com as dissonâncias…

Vá até seu piano e toque um intervalo de segunda menor.

Por exemplo:

Dó + Si (ambos naturais, em tecla branca)

Pronto, agora você tem a experiência de um “som dissonante”.

Sem nenhuma definição teórica, acústica, ou comparação prévia, podemos no mínimo classificar essa experiência como perturbadora.

Ou esquisita.

Você pode até gostar de coisas perturbadoras e esquisitas.

Isso não muda o fato de ser algo perturbador e esquisito.

Ok.

Dito isso, jamais pense que as dissonâncias são um problema. Não pense que são as dissonâncias que tornam feia uma música. Pra não alongar muito o assunto, podemos dizer que o ABUSO de dissonâncias, seja por despreparo ou pelo fetiche moderno de perturbar ou por qualquer motivo que seja, é o culpado de estragar uma música, um estilo, ou uma época. Agora, a dissonância em si, é parte constitutiva e indispensável da música. Poderíamos facilmente concluir que o abuso de qualquer ferramenta ou característica musical, é a tampa do caixão de qualquer música.

Não é o caixão inteiro…

Mas é o que termina o serviço.

É a mesma coisa quando eu escrevi sobre “correr com um alvo de otário nas costas…”

Alguém hiper-sensível pode desmaiar por ler a palavra “otário”.

Palavra que estava perfeitamente contextualizada, sem denegrir ninguém pessoalmente.

Sabe como é, quem quer se ofender, se ofende.

Não há nada que posso fazer.

Então, em alguns vídeos digo coisas como “resolução de frase”…

“Pergunta e resposta…”

“Tensão e relaxamento musical…”

Tudo isso tem uma forte relação com as dissonâncias (e, por consequência, com as consonâncias).

Abrir os ouvidos pra essas situações é muito importante.

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