Me vingando dos fumantes

Na TV dos anos 80 e 90, lembro bem, dizia-se a toda hora que muitos e muitos jovens começavam a fumar porque não sabiam o que fazer com as mãos nas festinhas que começavam a frequentar.

Não sei se ainda dizem isso…

(hoje em dia deve ter só celular nas mãos)

O que sei é que fumar sempre me pareceu menos anormal do que ficar tocando piano nas pernas, como eu fazia.

Quer dizer…

Ainda faço.

E não é só nas pernas.

Tudo que é coisa vira piano quando um pianista não tem um piano na frente.

Lembrei desse assunto porque um aluno me falou que aprender piano foi o jeito que ele encontrou pra esquecer o cigarro.

Depois de saber disso, fiquei imaginando uma propaganda de TV meio nonsense, no estilo piada do Casseta & Planeta, em que a prática de piano fosse oferecida como alternativa ao cigarro: os jovens todos arrumadinhos, conversando, dançando, tomando uns bons drinks e dedilhando tudo o que vissem pela frente.

Bem, não pensei num desfecho pra essa cena…

Me pareceu suficiente me vingar dos fumantes, que sempre me pareceram mais normais, fazendo-os sofrer do mal que sempre sofri.

Muita gente vai dizer que o meu, e dos pianistas em geral, é um mal menor.

Pode ser…

Nunca destaquei muito o aspecto terapêutico do aprendizado de piano…

Que, como toda terapia, deixa lá seus efeitos colaterais.

Mas, depois dessa, tenho mais uma carta na manga:

Piano é uma mania que pode te curar das suas manias.

(Eu adoraria conhecer as histórias que você tem a esse respeito)

(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)

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