“Maldito mundo polarizado em que vivemos!”

Agora, sempre que assisto alguma coisa no Youtube, pula um anúncio de político me avisando que estamos vivendo em uma época estranha, em uma época muito polarizada.

Pois na minha arrogante opinião, essa é a época real.

Nos anos anteriores, vivemos um cenário de unanimidade falsa e emburrecedora.

A democracia existe pra que os pólos entrem em disputa com iguais chances…

E não para que os pólos não existam.

Por falar em pólos, todo estudante amador de piano precisa decidir um lado:

Ele precisa decidir se quer (1) aprender mais ou menos ou (2) aprender bem.

Quem escolhe o pólo número (1), percorre o caminho da quantidade.

Vai decorar o maior número possível de músicas…

Quer ter nos dedos o maior número possível de acordes…

E fica doido pra ter um instrumento com 10.449 timbres diferentes.

No fundo as 1.493 músicas que ele decorou são todas muito parecidas.

Os 998 acordes que ele sabe, estão isolados e não fazem parte de uma verdadeira harmonia.

Todas as partituras que ele diz ter lido, são o mesmo 4/4 com semínimas.

Mergulhado nesse cenário, esse estudante reclama que tem dificuldade com ritmo…

Que não consegue tocar com velocidade…

E se sente meio desanimado pra estudar.

Mas continua impressionando os amigos.

Quem escolhe o pólo número (2), percorre o caminho da compreensão musical.

Sabendo que o universo musical é algo a ser destrinchado, mas nunca de uma vez só.

Que é racional começar por aquilo que mais barra o caminho do aprendizado.

Aliás, se eu ainda não repeti isso o suficiente: é atacando as dificuldades que avançamos de verdade e, além disso, economizamos tempo. E ainda segundo minha arrogante opinião, as dificuldades técnicas são o maior obstáculo para qualquer iniciante ou intermediário de piano/teclado.

Com isso quero dizer que são necessários “exercícios técnicos”?

Não.

Quero dizer algo ainda mais grave:

Apenas exercícios técnicos, sem um repertório que esteja trabalhando em conjunto para atacar esses dificuldades técnicas, simplesmente é andar com passos de lesma ou, como diria minha tia Marcinha, “colocar com uma colher e tirar com uma pá”.

Todo o conteúdo disponível na internet tem muito a avançar nesse sentido.

Imagino que nos próximos anos os picaretas e aqueles que querem enganar apenas oferecendo super-facilidades vão ser esquecidos.

Mas pode ser que não.

Não importa.

Espero que todos vocês tenham escolhido o lado certo dessa polarização…

E se mantenham firme nos estudos.

Se estiver perdido sobre o que estudar, aqui está o link para conhecer o “O Pianista Aprendiz”:

https://www.aprendendopiano.com.br/pianista-aprendiz/