Mais uma tática para reconhecimento das notas na partitura

Vamos revisar as duas táticas anteriores:

1) Decorar as linhas e espaços como se fosse uma frase:

Ex: “Vá lá dormir” = FÁ-LÁ-DÓ-MI nos espaços da clave de sol.

E assim por diante.

2) Bóia salva-vidas:

Decorar todas as posições de DÓ, assim essa nota é utilizada como referência.

São duas táticas úteis.

As duas ensinei no meu canal do Youtube.

Mas, como já comentei antes, são muletas que não resumem o trabalho que deve ser feito.

Existe ainda uma outra tática bem famosa.

E já adianto: não é o pulo do gato, nem o “segredo” pra reconhecer as notas.

É apenas mais uma tática.

Por mais importante que seja.

Trata-se da…

3) Reconhecimento dos intervalos

A distância de uma linha para uma linha abaixo ou acima é de uma “terça”.

Mesma coisa vale para os espaços:

A distância de um espaço para um espaço abaixo ou acima equivale ao intervalo de terça.

Claro, deve-se ficar atento aos acidentes.

Sustenidos e bemóis (na nota ou na armadura de clave) mudarão o resultado prático desse intervalo.

Você já consegue vislumbrar a sequência disso?

Comece a se perguntar:

Qual o intervalo que existe entre duas linhas com uma linha no meio

Qual o intervalo entre três linhas?

Qual o intervalo entre quatro espaços?

Inverta a pergunta:

Qual posição equivale ao intervalo de uma oitava?

Qual posição indica uma sexta?

Assim você aprende aos poucos a fazer essa relação.

E qual é a utilidade disso?

Seria esse o derradeiro pulo do gato que nenhum grande profissional capaz de ler partituras revela e guarda como se fosse o maior segredo da face da terra? Não, não é nada disso. A utilidade desse reconhecimento está no A) reconhecimento das notas suplementares, principalmente quando as notas estão muito abaixo ou muito acima da pauta…

E B) no reconhecimento de acordes, seja qual for a posição deles.

Resumo:

As três táticas são úteis.

As duas primeiras são boas opções didáticas para os iniciantes.

A terceira é útil para uma leitura mais estrutural da partitura.

Mas o essencial mesmo é o trabalho feito pra automaticamente reagir e TOCAR (não apenas reconhecer genericamente a nota) o que está na partitura sem fazer nenhuma relação ou cálculo anterior.

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