Mais um vício favorável no piano

Não é errado afirmar que:

Aprender piano é adquirir uma porção de vícios.

Mas todos vícios favoráveis.

Aliás, prefiro chamar de “preconceitos favoráveis”.

Deixo a palavra “vício” para as coisas ruins.

Essa distinção é importante porque a palavra “vício” realmente tem significado de “erro”.

Já a palavra “preconceito” aponta pra algo que foi apenas parcialmente analisado.

Neste texto darei mais um exemplo de preconceito favorável.

Em outra ocasião, comentei que o preconceito de sempre começar e terminar com leveza as frases musicais no piano é muito favorável, pois além de expressar musicalidade, exige um estudo controlado que dá muita muita muita liberdade para o estudante aprender outros tipos de técnicas de expressividade. Mas, como todo preconceito favorável, você tem a possibilidade de analisar a situação profundamente e decidir por contrariar o preconceito.

E não é isso o que acontece com um vício.

Você pode até querer contrariar um vício, mas ele já está arraigado.

Tem vida própria.

Já não depende mais de você pra viver.

É ou não é verdade?

Agora, voltando ao assunto, um outro preconceito favorável é o formato das mãos e dedos.

Quem larga o modo cabeça-de-pudim de estudar, percebe que com alguns poucos formatos e movimentos das mãos é possível executar diferentes escalas.

Com poucos formatos de mão é possível executar diferentes arpejos.

E que combinando vários formatos é possível fazer muitas coisas.

Mas existe um limite pra esse preconceito.

Que é quando ele começa a virar um vício.

Em nome do resultado imediato, sacrificando tudo em nome do curto prazo, muitos métodos de aprendizado de piano se baseiam exclusivamente ou muito exageradamente no formato das mãos e dedos. Assim o objetivo é simplesmente fazer com que o aluno toque 287 músicas com o mesmo formato de mãos e, pronto!, agora “é só adicionar uns detalhes aos poucos”.

Eu prefiro utilizar o princípio do desafio.

Minhas lições sempre forçam o aluno a entender a solução para o desafio.

Então é obrigatório que ele entenda como estudar pra perseguir a solução.

Assim é possível acumular preconceitos favoráveis pra continuar se desenvolvendo no piano.

Mas sempre passando longe dos vícios.

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