Muitos estudantes de piano autodidatas têm uma virtude incrível:
Estão sempre buscando uma maneira clara, direta, e objetiva de aprender música e piano.
Isso quer dizer:
Estão procurando evitar as besteiras…
O blá-blá-bla…
O excesso de detalhes…
Procurando o que é eficiente.
Como eu disse:
Uma parte considerável dos autodidatas é assim.
Acontece que pra uma parte também considerável desse tipo, essa força e virtude de procurar a objetividade também torna-se sua maior fraqueza. É como diz o velho ditado que não sei de onde vem: uma força mal utilizada acaba virando uma fraqueza.
Vamos começar com um exemplo comum…
Comuníssimo…
O desprezo da mão esquerda.
Sabe como é:
“– Tenho uma mão direita mais ágil!”
Então, em nome da objetividade (e da pressa e do imediatismo desastroso), o sujeito acaba desenvolvendo e acumulando um belo repertório na mão direita, enquanto a mão esquerda fica tão útil quanto olho mágico em porta de vidro.
Outro exemplo comum:
Deixar de lado a divisão rítmica, prezando apenas por acertar as teclas certas.
Essa daí é um clássico absoluto!
Principalmente porque a falta de controle rítmico não se resolve da noite pro dia.
Então o autodidata se apega na sua regra de “manter a objetividade”…
E a divisão rítmica fica perdida.
Mais um exemplo:
O sujeito já toca piano ou teclado há algum tempo.
Ele tem a oportunidade de conquistar uma nova habilidade…
Digamos: ler e tocar partituras com fluência.
E ele pensa:
“Peraí… minhas mãos já sabem tocar várias figuras rítmicas diferentes, já fazem alguns saltos, quer dizer que preciso estudar isso agora novamente com a partitura? Isso é um absurdo! Já sou nível intermediário! Preciso de coisas mais avançadas…”
Ok…
Quem sou eu pra contrariar?
Mas fazendo isso a parte “com fluência” vai por água abaixo.
Tudo porque o sujeito exagerou em não entender o que precisa, e quer apenas alcançar o resultado.
Os exemplos são muitos.
Muito alunos meus enquanto liam isso daqui já lembraram de várias situações parecidas que tiveram de enfrentar pra conseguir seguir em frente.
E pra esses alunos, que são os VERDADEIROS estudantes de música e piano, só posso dizer:
Continuem com o bom trabalho!
(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)