Mais é Mais

Existe uma diferença fundamental entre praticar e tocar.

No dia-a-dia, enquanto você está praticando uma peça, aprendendo ou aperfeiçoando algum detalhe dela, é mais proveitoso que tudo seja exagerado.

Tudo.

Seja pra forte seja pra fraco…

Seja devagar seja rápido…

Articulado ou contido…

Ou seja…

No processo de aprender ou aperfeiçoar uma peça, você vai se beneficar muito se lançar mão de todos os exageros possíveis. Você não vai praticá-la do modo como almeja que seja o resultado final em relação ao andamento, aos contrastes, aos movimentos dos dedos etc. Não! Você vai exagerar no andamento lento, depois exagerar no andamento rápido. Vai fazer a esquerda bem bem bem leve e a direita bem bem bem pesada. Vai articular bem os dedos, pinçando forte cada nota. Depois vai articulá-los quase nada, fazendo o menor movimento possível.

A gente faz isso pra não ficar preso a nenhuma limitação.

Nosso corpo precisa fazer mais pra poder fazer o menos com tranquilidade.

Mais exagerado deixa mais fácil tocar normal.

E não é só o corpo que se exercita…

Também o ouvido, a percepção:

Explorar os sons exagerando as sonoridades te faz encontrar o som ideal. Na verdade, todo o conjunto dos meio-termos é encontrado por meio dos exageros. Depois de ter praticado muito desses exageros, você começa a buscar o modo que a peça deve finalmente soar, e aí passa a praticá-la desse modo.

Mas…

Sempre que surge um problema…

São os exageros que encontram o modo ideal.

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