O que vem descrito abaixo não é apropriado para a maioria…
Já que essa maioria está atrás de truques para piano…
Isto que segue é totalmente contrário.
Vamos nessa…
Imagine este cenário:
Você começa a aprender uma nova música. Tudo são flores. Você acha essa música excelente e não vê a hora de tê-la nos dedos pra dar vida a algo tão belo. Ótimo. Você começa do começo. Em 4 ou 5 dias vence os primeiros compassos que são a “introdução” da música. Os próximos compassos são um pouco diferentes dos primeiros. Você resolve acumular um pouco de energia pra começar a estudá-los. Passa mais uns 5 ou 6 dias repetindo a primeira parte.
Ok.
Depois disso você começa o próximo trecho.
Em 2 ou 3 dias esse novo trecho já está “bom”.
Não está bom igual ao primeiro trecho, mas está “bom”.
Logo já parte pro próximo trecho.
Depois de 1 dia, parte pra outro.
Mais 1 dia pra outro.
E no mesmo dia completa o próximo trecho e o final da música.
Pronto!
A música está nos dedos.
Mas está uma porcaria.
O histórico de qualidade da música aconteceu assim:
Bom -> “Bom” -> Legal -> “Legal” -> Mais ou menos -> “Mais ou menos” -> Ruim -> Muito ruim -> Porcaria.
Continuando esse nosso exercício imaginativo:
Você agora acha que não tem talento…
E que é um desastre!
Mas resolve mandar um e-mail praquele cara da internet chamado Filipi Scali-alguma-coisa:
“Filipi, pelamordetudo, mim ajuda… o começo da música peguei bem mais depois ficou uma porcaria”.
E o tal cara responde:
Divida a música por trechos e missões.
Não dedique o estudo 10 dias pra um trecho e 1 dia pro resto.
Faça uma divisão racional.
Conforme estuda por trecho, comece o trabalho direto pelo trecho atual…
Sem ir e voltar toda vez.
Na medida que ficar experiente nesse estilo de estudar, você começa o estudo diretamente pelo trecho que identifica como o mais difícil ou até mesmo pelo final, justamente pra evitar que seu estudo se degrade e se transforme em uma verdadeira porcaria.
Pronto!
Problema resolvido.
Mas repare que é preciso manter o controle dos estudos…
Sem partir pra automatismo e coisas de cabeça-de-pudim.
Essa é a forma mais eficaz de estudo.
E por isso é totalmente inapropriada pra maioria.
Pra aprender a estudar as peças por problemas técnicos e assim definir as missões, inscreva-se no “O Pianista Aprendiz” aqui: