Serei o mais direto que consigo:
É claro que adultos que se interessam por piano (ao menos 84.3% segundo minha planilha científica), se interessaram porque ouviram alguma música no piano que os emocionaram MUITO (segundo minha planiha, provavelmente foi Clair de Lune, ou Sonata ao Luar, ou Noturno Op.9 n.2), MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ESSE ADULTO DEVE SE FORÇAR A APRENDER A TOCAR ESSA MÚSICA QUE O EMOCIONOU, PORQUE DEPOIS DE 6 MESES TENTANDO E NÃO CONSEGUINDO, ELE SÓ VAI TER PERDIDO TEMPO E GANHADO FRUSTRAÇÃO.
Todo adulto amador acha que teve uma grande sacada…
Que basta tocar aquela música que tanto o emociona que, Puf!, não enfrentará nenhuma dificuldade, porque tudo será emoção…
E isso simplesmente não acontece.
Claro que ninguém precisa acreditar em mim.
Assim que encontrar algum pianista que toque a tal música emocionante, vá até ele e pergunte:
“– O que você fez pra conseguir tocar essa música?”
Nenhum responderá:
“– Aprendi ela direto!”
Então, pessoal, segurem a sua emoção…
E sigam um caminho.
Uma dificuldade, um obstáculo, um percalço…
Nada disso afasta definitivamente alguém do piano.
Agora, não ter um caminho e querer na força bruta pular direto do subsolo para o topo de um arranha-céu, bem, exigirá uma perna comprida que ninguém tem.
Não tenha medo de dificuldades.
Isso significa:
Não tente fugir das dificuldades que ainda nem apareceram e, principalmente, não tente fugir de dificuldades inevitáveis. Aprenda a lidar com elas de modo que elas sejam o combustível que vai queimar para gerar energia… traduzindo para o piano: as dificuldades que tentamos evitar aderindo a esses supostos atalhos, são essas mesmas dificuldades que aprendemos com paciência a resolver e que acabam resultando em nos DESENVOLVER HABILIDADES que antes não tínhamos.
E uma habilidade sendo desenvolvida e dando suporte para outras habilidades…
Nos levará eventualmente no nosso topo.
(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)
