Leia atentamente a mensagem que recebi:
A polêmica “criar, expressar, descobrir” CONTRA “imitar, copiar, modelar” é uma das maiores FAKE NEWS existentes não só entre o universo da música, mas das artes, da educação, da filosofia, e, arrisco dizer, da vida humana em geral.
Simplesmente não é possível criar sem imitação.
E toda imitação é criação.
Claro que existem graus de diferença:
Algo pode ser mais imitação do que criação…
Ou mais criação do que imitação.
(pode também ser uma imitação porca ou uma criação pobre)
A coisa mais “criada” possível é, na verdade, devedora de uma porção de “imitações” realizadas ou absorvidas anteriormente. No universo musical, isso vale tanto para uma música ou estilo musical, quanto para um modo de interpretação. Aliás, essa característica de “a criação vem da imitação e toda imitação é uma criação” pode ser usada com consciência pra se alcançar um estilo próprio.
Bem, voltemos ao comentário acima recebido.
Querer que a música seja “descoberta” do nada, é uma imbecilidade.
Isso feito com crianças ou com adultos que jamais lidaram diretamente com música, é quase um crime.
Agora, por exemplo, em um conservatório que busca dar uma qualificação abrangente e profissional para seus alunos, bem, aí em determinado nível o aluno precisa sim “descobrir” a música que deve tocar e o professor não deve fornecer parâmetros diretos de como modelar o corpo e revelar a alma dessa música.
Repare que eu escrevi “determinado nível”…
E coloquei o “descobrir” entre aspas.
Isso significa que o contexto ali indica que o aluno já tem (ou deveria ter) as ferramentas pra fazer essa “descoberta”, que não é jamais uma descoberta pura, justamente porque é feita por meio de ferramentas que ele já adquiriu antes. O professor está ali pra garantir que as ferramentas certas foram escolhidas e que elas estão sendo usadas corretamente.
Enfim, contexto é tudo.
Pra utilizar a imitação pra desenvolver seu ouvido e seus dedos, então siga o meu método aqui:
