Mensagem sem nenhuma pergunta da minha aluna Maria Maekawa:
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Por motivo de uma viagem inesperada, fiquei longe do teclado por mais de uma semana e já percebi os efeitos negativos dessa parada. Estou voltando hoje aos estudos e, sem pulo de qualquer bicho que seja. Kkk
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Bem, fico muito feliz que a mentalidade anti-mágica está se espalhando.
E apesar de não me perguntar nada, tenho uma sugestão pra esse problema que minha aluna está passando.
Não se trata de um pulo-do-gato.
Está mais para um pulo-do-porco-espinho:
Não é nada sexy, nem legal, nem super divertido, nem impressionante…
Nem nenhum desses adjetivos youtubísticos.
Mas funciona.
De fato, para os primeiros dois anos, a continuidade nos estudos de piano sem que existam grandes saltos de tempo, é algo primordial. Agora, esses intervalos são praticamente inevitáveis. Acontece que pra esses intervalos curtos de poucos dias, quem está afastado do instrumento pode usar a imaginação pra estudar.
Pra isso é necessário seguir algum método.
O que você vai fazer é se imaginar executando alguma peça.
No começo não é necessário alcançar a famosa “execução mental”.
Comece relembrando apenas as notas de alguma música ou exercício.
Isso coloca ativamente sua mente em jogo, evitando que dependa da memória dos dedos.
Se quiser complicar esse exercício, comece a colocar o próprio movimento das mãos.
Mas não o movimento das mãos realmente, mas somente na imaginação.
Uma mão de cada vez.
Não tente imaginar no geral.
Tente imaginar cada ataque necessário para a música acontecer.
Depois desses dias de pausa, quando recomeçar os estudos, você perceberá que automagicamente executa muito melhor aquela peça. Sem contar que essa prática melhora também a nossa concentração, pois coloca uma espécie de rédea na imaginação. É o começo do processo de dominar a imaginação e não ser dominado por ela.
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