Nossa vontade de fazer as coisas é uma roda gigante que não pára um único segundo.
Às vezes tá lá em cima.
Não demora quase se arrasta pelo chão.
E nessa a gente segue tonteando.
O único jeito de não desfalecer é arranjar uma maneira de aproveitar esse vai e vem inevitável pra ACUMULAR armas a nosso favor.
Me explico:
A coisa dói nos momentos em que a roda gigante quase faz nosso traseiro se arrastar no chão (em vez de se acomodar ao banquinho do piano). Nessas circunstâncias, a visão não vai longe, só é possível enxergar a terra próxima, parece que não há esperança, não se vê o destino a que se quer chegar, só a angústia se faz presente.
Acontece que a roda não está parada…
Em pouco tempo você está de novo testemunhando uma paisagem verdejante, digna de suspiros profundos, que te enche de esperança pelo que há de vir. A tal ponto que falta pouco pra você se arremessar da roda por julgar que são asas em vez de braços os seus membros.
Primeira lição:
Não se pode esquecer que de baixo se vai para cima e de cima se vai para baixo.
Segunda lição:
Da terra é que vem o alimento; sem trabalhar nela, morre-se de fome.
Terceira lição:
Estar por baixo dói, mas quem se joga quando está em cima não sobrevive.
Conclusões:
1 – Mantenha-se em contato com o que te fez querer aprender piano. Ouça regularmente as músicas que te colocaram nesse caminho. Conheça cada vez mais músicas e músicos. Isso vai ajudar a encarar a prática diária nos momentos de baixa.
2 – Mantenha-se praticando diariamente o processo que te leva a ser capaz de executar as músicas da sua escolha. Isso vai criar as condições para que você toque muito bem nos momentos de alta.
Do contrário, a tontura vai te fazer desmaiar.
Siga o processo aqui: