Pra quem não assistiu ao filme “Feitiço do Tempo” (Groundhog day), ou não lembra da história, Phil, um repórter mal-quisto e mal-humorado, fica preso num mesmo dia por muito tempo. Toda manhã ao acordar ele está no mesmo hotel, ouve a mesma programação no rádio, a mesma música, as mesmas notícias, as mesmas pessoas estão nos mesmos lugares, fazem e falam as mesmas coisas. Não há jeito de ele escapar disso, mesmo quando não aguenta mais e se mata, não adianta, de novo ele acorda na mesma cama.
Phil deseja conquistar Rita.
Mas ele só consegue avançar um poucochinho por dia.
Ele vai se tornando dia após dia o homem que Rita sonha pra si.
Até piano ele aprende pra impressioná-la…
Além de francês, escultura no gelo, a ser gentil e prestativo…
Tudo isso o torna fascinante.
E Rita não pode senão ceder a tantos encantos num mesmo homem.
O filme acerta em cheio em mostrar que cada dia é uma oportunidade de chegar um pouco mais perto do que a gente pretende…
E que pretender coisas maravilhosas é maravilhoso.
Phil demorou um tempão pra perceber isso.
Tentou de tudo pra fugir da situação.
Mas só entrou nos eixos quando aceitou suas circunstâncias, reconheceu seu ponto de partida e se colocou a caminho do que tinha percebido como o melhor.
Alguma semelhança disso com o piano (e a vida) não é mera coincidência.
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