Uma conversa totalmente previsível levou a um lugar totalmente imprevisível.
Pelo menos pra mim.
Semana passada um aluno particular me explicava seus estudos.
Atualmente dedicado à Sonata Facile, de Mozart.
Depois de fazer a tradicional piada de que a Sonata “Facile” é um pouco “Dificile”, ele me mostrou o seguinte:
Ao longo das 4 páginas da partitura, fez 11 marcações especiais.
Eram 11 dificuldades pessoais que ele encontrara ao estudar.
A lista era totalmente normal:
* Pequenas dificuldades de coordenação.
* Falta de precisão.
* Trechos com complicações rítmicas.
* Dificuldade de transição em mudanças repentinas de ritmo ou altura.
Enfim, nem cheguei ao final da lista, pois estava tudo de acordo com o esperado.
Pra economizar tempo e partir logo para o que interessa, perguntei:
“– Dessas dificuldades todas, qual você acha que é a mais complicada de resolver?”
Resposta:
“– Bom, quase todas já aprendi como resolver… menos essa de falta de fôlego nos dedos…”
Não resisti:
“– Como assim ‘fôlego nos dedos’?”
Resposta:
“– Na parte com muitas escalas, meus dedos cansam e perdem a velocidade…”
Ah!
De toda aquela lista, essa era a mais difícil?
Isso realmente me surpreendeu.
Esperava algo em relação a agilidade, coordenação, ritmo…
Como normalmente acontece.
E a solução?
Já que esse aluno mantinha a continuidade dos estudos, faltava pouca coisa…
Apenas recomendei que começasse os estudos com 2 minutos de escalas.
E que fosse aumentando de minuto em minuto…
Até que alcançasse 10 ou 15 minutos.
Isso é tiro-e-queda pra fortalecer os pulmões dos dedos 😛
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