Como ser um pianista acima da média

Alguns dias atrás tive uma boa conversa com uma velho amigo de infância.

Não sendo músico nem tendo nenhuma ligação com o universo musical, somente um amigo de infância pode aturar uma conversa sobre coisas pessoais, profissionais, fracassos e sucessos no universo musical.

Só um velho amigo pra mostrar genuíno interesse em coisas que não o interessam.

Como se ele mesmo quisesse aprender, me perguntou:

(embora eu soubesse que não havia interesse nenhum)

“– De que maneira dá pra aprender a tocar piano e ser acima da média?”

Bem, vou poupar vocês da resposta que dei.

Porque levou quase duas horas.

Agora, o simples fato de alguém “aprender piano”, já faz essa pessoa estar acima da média.

Mesmo que cheia de vícios e buracos no conhecimento.

Mesmo que passe a vida inteira seguindo tutoriais…

Não importa.

Essa já é a elite de 0,01% de pessoas que algum dia tentaram aprender piano:

Os que de de alguma maneira conseguiram.

Temos ainda o acima de média dentro desse 0,01%.

Bem, deixa eu esclarecer uma coisa:

Meu objetivo nunca é ensinar alguém pra ser “acima da média”.

O objetivo é apenas ensinar de maneira que a pessoa tenha liberdade de percorrer o universo musical.

Acontece que conquistar cada vez mais essa liberdade é, por acidente cósmico, estar acima da média.

E se fosse pra escolher algumas coisas práticas que reforçam essa liberdade, eu diria:

1) Estudar Escalas

A maioria tenta de tudo pra fugir das escalas.

99,99% dos 0,01% as abominam.

Claro, eles querem aprender as músicas.

E pensam que existem atalhos pra isso.

Na minha opinião bem arrogante, mas também experiente, estudar com cuidado as escalas, mesmo que pouco tempo cada vez, muda todo o jogo.

2) Desenvolver a mão esquerda

Aqui mora a grande culpa de professores particulares.

Com medinho de não deixar seu aluno feliz, só ensinam um repertório aprovado por esse último.

Resultado:

Todas músicas muito parecidas.

Todas músicas com melodias marcantes (pois é o que normalmente cativa um leigo), mas com acompanhamentos simples demais.

Assim, depois de 10 anos, a mão esquerda continua quase tão incompetente quanto no começo.

A lógica de escolha de um repertório didático jamais deve esquecer disso.

Essa é mais uma que só 0,01% dos 0,01% fazem.

3) Conhecer música

Não falo aqui em quantidade de músicas.

Nem mesmo em variedade de estilos.

Mas em conhecer sua estrutura.

Relacionar a estrutura de uma música com outras…

Reconhecer influências…

Padrões… etc.

Além dessas relações internas, conhecer algo das relações externas:

Entender alguns porquês não apenas harmonicamente falando…

Mas humanamente.

As composições não foram feitas por estrelas…

Por pedras…

Por pássaros…

Mas por homens.

A maioria das suas motivações tem origem na nossa maneira de ser.

Aqui eu diria que não são 0,01% dos 0,01% dos estudantes que entendem…

Mas 0,001% dos 0,01% dos professores.

Portanto algo bem “acima da média”.

Enfim, se você se interessou em ir além da média, pode começar dominando os problemas técnicos.

E o único material on-line que ensina a lidar com a base da capacidade técnica ao piano é o treinamento “O Pianista Aprendiz”.

Conheça os detalhes desse treinamento aqui:

https://www.aprendendopiano.com.br/pianista-aprendiz/