“Hábito é uma segunda natureza”
— Aristóteles em instrução ao filho Nicômaco
Segunda natureza.
Isso implica uma primeira natureza:
Comer, dormir, raciocinar etc.
A segunda natureza já é um produto das nossas escolhas.
Comer, sim, mas comer o que e na hora da nossa escolha.
Dormir, certamente, mas onde e quanto são escolhas.
Depois de escolhidas as opções que mais nos cabem, o mesmo corpo que pede para comer o faz na hora do nosso hábito; começa a adormecer todo dia na hora do costume.
Veja que incrível:
O que quer que a gente se habitue a fazer se torna uma segunda camada natural de inclinação…
Para o bem e para o mal…
Para o certo e para o errado…
Daí a distinção entre hábito virtuoso e hábito vicioso.
Então, para que o seu aprendizado de piano aconteça, você precisa de um esforço inicial de ida diária à prática. Depois de um período de esforço, o hábito se fixa como uma segunda natureza, e você passa a frequentar o piano naturalmente. Claro que vai contar também, além da ida ao piano, o que de fato você está fazendo no momento de prática. Se você se habitua a comer sempre no mesmo horário, isso é bom para a sua organização geral.
Mas não vale comer só bacon.
No piano, a mesma coisa.
Não vale praticar todo dia aquilo que não vai te ajudar a aprender.
Seria mais do que útil se você deixasse de lado alguns hábitos viciosos e os substituísse pelo hábito virtuoso de praticar piano diariamente. Em pouco tempo, aquilo que a humanidade já sabe há muito tempo estará atuando a seu favor e a inclinação de ir ao piano se torna natural, uma segunda natureza.
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