Não lembro quem disse:
“Falar sobre música é o mesmo que dançar pra explicar arquitetura”.
Concordo mesmo com essa frase.
Considerando a música instrumental, retirando as com intenção diretamente descritiva, música não é uma maneira diferente de falar as mesmas coisas que já falamos. Se já pudéssemos expressar com palavras tudo o que a música pode expressar, não teríamos inventando esse negócio.
Agora, embora seja assim, devemos SIM falar sobre música.
Usar de analogias, alegorias, relacionar com outras evocações etc.
Nenhum bom professor evita falar sobre música.
Nenhum bom professor fica só dizendo as notas e as progressões.
Por isso outro dia falei da “coleção de opinões de terceiros”.
Um monte de gente boa e conhecedora tem opiniões diferentes sobre como falar de música.
É colecionando o que outros bons músicos falaram sobre música que vamos montando nossa própria opinião.
Que vamos criando nosso arsenal para interpretações.
E que nos tornamos capazes de entender e também falar sobre música.
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