Como começa o dia do melhor pianista do mundo

Ontem assisti uma pequena entrevista de András Schiff que, na minha arrogante opinião, é o mais competente de todos os pianistas vivos (ou, no mínimo, tem de estar presente em qualquer uma dessas inúteis listas de competência, caso essa lista queira ter alguma credibilidade).

Várias coisas ditas chamam a atenção.

Uma delas:

“– Nunca gostei de fazer exercícios técnicos…”

Então, caro estudante, fique tranquilo, ninguém tem que amar os exercícios pra tirar o proveito.

Pois Schiff completa:

“… mas eles são essenciais para os iniciantes”

E agora a parte mais interessante:

“– Começo meu dia com 1 hora de puro Bach…”

Eis o ponto mais crucial!

Normalmente quem estuda alguma coisa de Bach, estuda pra cumprir tabela.

Ou porque quer compreender algo de harmonia.

Ou porque quer explorar a polifonia.

Ou por qualquer uma dessas coisas tecnicamente musicais.

Bach é uma estranha unanimidade.

Muita gente concorda que ele é um compositor extraordinário e o mais incrível é que ele é mesmo.

Então sempre que algum estudante intermediário me pede alguma recomendação pra fazer tal e tal coisa, ou alguma música que sirva pra isso e pra aquilo, minha primeira reação é pensar em Bach. Sei bem que não é isso que ele esperava. Ele queria alguma novidade. Queria alguma inovação transada e supimpa (desculpe pelo meu linguajar anos 80).

Sei disso porque também passei por isso.

Só recomendo que esse estudante tente explorar Bach.

É como András Schiff disse:

“– Bach me dá tudo que preciso psicologicamente, espiritualmente, musicalmente e emocionalmente falando, mas também mecanicamente.”

(Nota: Se você é um estudante intermediário de piano e sente que está empacado no aprendizado, faça seu cadastro pra receber o conteúdo Como Criar Exercícios Para Piano! Cadastre-se aqui.)

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