Se o seu filho pequeno caminha pacientemente em direção ao fogão aceso e ergue a mãozinha pra puxar a panela de sopa quente, você esquece o que está fazendo e sai atropelando tudo pela frente pra tirá-lo de lá num puxão preciso e eficiente.
É um exemplo de pressa que resulta em perfeição.
Bem diferente é construir uma ponte de 5 quilômetros que liga uma ilha ao continente.
Pressa, nesse caso, é inimiga da exatidão.
Então, se o seu pai estiver na forca, esperando você aprender piano pra tirá-lo de lá, procure pelo truque mais à mão e tente enganar o carrasco o mais rápido possível.
Se nada disso estiver acontecendo…
Pratique piano dia após dia…
Sem se deixar levar por uma agonia desequilibrada absolutamente injustificável.
Pressa, como tudo nessa vida, tem razão de ser.
Você só não pode se deixar levar por ela onde ela abertamente te atrapalha.
Dia após dia.
“Um grão de cada vez”, diria a carijó.
“Ela é flácida mas insistente”, se desculpa a pedra por perder da água.
Tenha pressa só de encontrar o jeito certo de praticar.
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