Alguém perguntou ao mestre Josef Hofmann:
“– Devo tocar todas as sonatas de Beethoven para me tornar um bom pianista ou um certo número delas já é o suficiente? Quantas sonatas você acha que seriam suficientes?”
Ahhh…. o pensamento quantitativo é mesmo surpreendente.
Nesta pergunta o aluno quer um número que lhe dê a segurança de receber o carimbo de “bom pianista”.
Ou um “bom intérprete das Sonatas de Beethoven”.
Claro que Hofmann não se furtou da resposta.
E a resposta foi muito boa.
Aqui está:
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Já que tocar todas as sonatas não necessariamente prova que todas estão sendo BEM tocadas, acho melhor tocar BEM apenas UMA do que muitas delas mal tocadas. Não se deve considerar as Sonatas de Beethoven como um campo de perfuração musical, mas sim como revelações musicais. Como nem todas elas estão no mesmo nível, não é necessário tocar todas. Para conseguir abarcar a proposta de Beethoven para suas sonatas, é suficiente dominar seis ou oito delas; embora estas precisem realmente ser dominadas.
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Eu não poderia imaginar melhor resposta:
1) “Não importa a quantidade”.
2) “Toque esta quantidade, mas toque direito”.
É metade do que o adepto do pensamento quantitativo precisa pra começar a abandonar esse pensamento.
A outra metade é meter a mão na massa e fazer direito.
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