A memória não é um arquivo

Responda rapidamente:

(mentalmente, não precisa me escrever)

Qual foi o último filme que você viu?

Muito bem!

Supondo que lembre…

Diga em voz alta uma fala completa de alguma personagem desse filme.

Ok…

Agora o seguinte:

Caso não tenha lembrado qual foi o último filme, ou no caso de você nem ser alguém muito assistidor de filmes, lembre-se de qualquer filme que já tenha visto na vida. Provavelmente é um filme muito importante pra você, ou algum daqueles filmes que você viu muitas vezes. Então, me diga agora a primeira coisa que é dita nesse filme aí que te marcou muito.

Que coisa mais difícil responder essas perguntas, hein?

Sim, eu sei que algumas pessoas conseguem responder.

Mas são exceções que confirmam a regra…

Ou melhor, exceções que deveriam nos iluminar no seguinte:

Normalmente pensamos que a “memória” é uma espécie de HD de computador, onde nossas lembranças são guardadas.

Por isso recebo muitas perguntas do tipo:

“– Feulippi, como pode eu ter levado 4 dias praticando a música blá-blá-blá, e de tanto praticar até ter memorizado ela, mas depois de 2 meses não sei mais nem como começa, nem como termina essa música que me empenhei tanto…”

Pois é…

Nossa memória não é um HD…

Não é um Arquivo.

Você deve escolher algumas músicas que merecem sempre ser revisitadas.

E não “revisitadas” porque você vai passar os dedinhos moles por elas outra vez…

Mas porque vai praticá-las outra vez…

Encontrando novos sentidos e coisas escondidas…

Exatamente como aconteceu com aquele filme que você viu tantas vezes, e a cada vez percebia uma coisa nova e, por isso mesmo, acabou o guardando especialmente na memória.

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