Marca de batom, quando encontrada na roupa de baixo, indica uma coisa errada que foi FEITA.
E eu estava aqui, entre terminar uma tarefa e começar outra, pensando se existe uma marca qualquer de algo que NÃO FOI FEITO.
Óbvio que no fim das contas minha intenção é mostrar ao aprendiz de piano que eu percebo facinho quando ele não pratica, não se empenha, não se mexe e, pra piorar tudo, se faz de sério pro meu lado.
Ninguém gosta de ser enganado.
E eu adoro uma boa charada…
Aí me meti nessa canoa furada aí.
Bom, a única coisa que me ocorreu foi o carimbo “EM BRANCO” dos cartórios.
Já viram isso?
Quando o verso de um documento oficial não tem nenhuma informação, eles carimbam “EM BRANCO” nele.
Isso serve como uma marca de algo que não foi feito?
Até serve.
Não tem muita graça, não é bombástico e impactante, talvez não seja uma charada boa que eu tenha inventado… mas serve.
O problema agora é encontrar o paralelo entre o tal carimbo e o tal praticante que não pratica.
De novo não me ocorre algo bombástico…
Seria ótimo se ocorresse…
Mas a outra tarefa está ali me esperando e não posso me alongar.
Só tenho a dizer que quem não pratica, não se mexe, mas não para de fazer perguntas ou comentários vazios pela internet afora, tem um “EM BRANCO” na testa, porque a validade do que diz é sustentada por uma ausência, por um nada que é possível pressentir nas suas palavras.
E não são só pelas palavras…
Sempre é possível perceber o mesmo carimbo ao ver alguém tocar:
A coisa não tem consistência.
É diferente de ter praticado mas não ter chegado ao ponto ideal.
O cheiro de ausência não aparece nesse último caso.
Mas, no primeiro, não se engane, a marca está ali bem acima dos olhos.
Enfim, entre batons e carimbos, deixo vocês pelas câmeras, tenho gravações a fazer…
Vocês, ponham-se a praticar!
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