Pra tocar piano não é necessário ouvido absoluto.
Nem reconhecer acordes de ouvido.
Nem esfregar o peito com a mão direita e bater no topo da cabeça com a mão esquerda.
Nem ter dedos longos.
Nem bater palmas em ritmo metronométrico.
Nem sonhar com melodias inéditas.
Nem assobiar afinadamente.
Agora, se tem uma capacidade não só necessária, mas que precisa estar afinadíssima em qualquer músico, amador ou profissional, é a capacidade de transformar algo abstrato/imaterial em algo concreto/manifesto.
Todas as outras habilidades, dá-se um jeito.
Não estou falando nada complicado, não.
Uma simples sugestão “toque com as mãos separadas, lentamente, um pouco por dia, até que seus dedos aprendam o movimento” é algo completamente imaterial até que alguém decida transformar essas palavras em algo concreto, específico, realizado direto no piano.
Muita gente parece que não entende o “lentamente”.
Ou o “um pouco por dia”.
Ou que não tem a menor idéia do que seja “movimento”.
Ou isso, ou elas nasceram sem essa habilidade de compreender a imaterialidade dessas palavras e não conseguem atinar exatamente com o quê precisam fazer pra que essas palavras sejam seguidas…
Ou estão de sacanagem pra cima de mim.
E pra deixar claro o meu ponto, removendo (quase) toda a ironia:
Só pode ser sacanagem, preguiça, ou desejo tremendo de cair em fórmulas mágicas inúteis, porque ser capaz de seguir uma sugestão dessa é capacidade básica do ser humano.
Pois é…
Talvez os grandes músicos tenham nascido com grandes dons mágicos incopiáveis…
Agora, o que isso tem a ver com a gente, reles mortais…
Não tenho a menor idéia.
Instrumento + tempo + método, é tudo o que precisamos.
Siga o método aqui:
