Já está bem claro que, para a maioria de nós, “NÃO” tornou-se a palavra mais imporante.
Pois é…
Até mesmo para nós que estamos aqui reunidos em torno do piano.
Nem “música”…
Nem “harmonia”…
Nem “técnica”…
Um NÃO, isso sim é o que precisamos.
Começando por um NÃO bem forte e sonoro para a falsa dualidade em que nos enfiamos de “trabalho X diversão”. Nossa vida não pode ser apenas 8 horas de trabalho divididas com o máximo de diversão e distração possíveis. Existe algo mais do que isso. Nem vou me alongar muito nesse aspecto porque ninguém que vive preso no “trabalho X diversão” consegue entender o que digo por aqui.
Então mandamos um NÃO pra isso.
A música parece ser um sinal claro de algo que está para além dessa divisão tosca.
Ela simplesmente não se encaixa em pura “diversão”, certo?
Acabou por aí a importância do “não”?
Não, não acabou.
Pode ter acabado o GRANDE NÃO, mas começam agora os pequenos nãos.
NÃO para só praticar depois de ter o piano perfeito.
NÃO para o Netflix.
NÃO para só tocar acompanhamentos chapados.
NÃO para um vídeo a mais do Youtube que ensina “o truque mágico do piano”.
NÃO para passar os dedos sem interesse pelas teclas.
Até mesmo NÃO para amigos e familiares que gostam de nos desanimar.
Acabou?
Ainda tem os vários nãos inevitáveis:
NÃO para a confusão desanimadora que todo iniciante passa.
NÃO para achar que já sabe tudo, típico do intermediário.
NÃO para a falta de encantamento do avançado.
Pois é, quem diria que a tão divulgada “Era da Informação” e “Era da Liberdade” precisaria tanto transformar-se na “Era do Não”?
Diga aí um NÃO em alto e bom som a tudo que te afasta do piano…
E diga logo SIM para a prática eficiente.
Por falar nisso, aqui está: