Digamos que um leão pare de se comportar como um leão.
Digamos que passe a se comportar como um macaco.
Em um mês ele não seria nem macaco nem leão.
Seria um leão fracassado e morto.
Agora, nós homens, não somos assim.
Podemos nos comportar abaixo da humanidade e ainda assim sobrevivemos.
“ACOSTUMAR-SE” é uma das mais espantosas capacidades humanas.
Acostumar-se com o que é baixo e degradante…
Perdendo a capacidade de se indignar.
Acostumar-se com o que é alto e edificante…
Perdendo a capacidade de se maravilhar.
Muita gente me pergunta como é possível existir músicas tão podres quanto aquelas que só exaltam bestialidades, ou aquelas músicas que mais parecem vidro quebrando, mas a verdade é que existir esse tipo de coisa é plenamente compatível conosco: somos capazes de nos acostumar com as coisas mais diversas possíveis. Alguém até pode alegar que perder a indignação e o maravilhamento é descer do patamar humano (concordo com isso), mas veja como é espantoso um ser deixar de se comportar de sua maneira característica e ainda assim continuar vivendo.
Bem, é fácil fazer esse julgamento e criticar os outros.
Mas saibam vocês, todos interessados em fazer música, que seus ouvidos tão críticos e julgadores do trabalho alheio, facilmente se acostumam com várias coisas que não deveriam.
A falta de ritmo, por exemplo.
Enquanto estamos no piano, tocando, deixamos nos levar pela bolha emocional e imaginativa…
E nem percebemos que o ritmo está bem bagunçado.
E não só isso:
Podemos nos acostumar até com a desafinação.
Começa com aquele Fá# que sempre desafina…
E vamos deixando de lado…
E o piano todo começa a desafinar…
Chegando até o ponto de nem acharmos que está tão ruim assim.
A solução?
Bem eu tenho a solução para os alunos dos meus cursos.
Me mandem vídeos.
Assim vocês saem da bolha da imaginação.
E ganham recomendações minhas do que fazer para correção ou se podem seguir seguros no mesmo caminho.
(Nota: Totalmente iniciante no piano ou teclado? Então conheça o Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)