Eu disse.
Agora vamos elaborar um pouco essa idéia:
Em primeiro lugar, “Aprender Piano” não pode significar algo parecido com os 2 exemplos que dei no e-mail de ontem… algo feito pra passar em uma prova ou apenas para receber os parabéns do professor e dos amigos, mas sem nenhum outro efeito prático.
“Aprender Piano” também não pode significar tocar qualquer coisa que passe pela sua cabeça.
Isso é o que músicos profissionais passam a vida tentando fazer.
Dificilmente alguém pode colocar um objetivo genérico desse em prática.
E com toda certeza não será algo “fácil”.
Pelo simples fato de que “o que passa pela sua cabeça” provavelmente é uma impossibilidade musical.
Então, como fazer pra “Aprender Piano” ter um significado real?
Que seja algo factível e não um sonho bobo e platônico?
Bem, como diria o professor Olavo de Carvalho:
“– Cave onde você está!”
Sempre tento demonstrar que sem um objetivo, o verdadeiro aprendizado é impossível.
Mas na maioria das vezes começamos algo sem saber direito pra onde ir.
Então tente algo.
Mas não tente ser o espertalhão que quer descobrir o segredo mágico.
Tente algo com o objetivo de descobrir a sua própria relação com o aprendizado.
Se for iniciante, provavelmente sua maior dificuldade é com a coordenação.
Mas pode não ser.
Pode ser que seja manter a estabilidade rítmica.
Ou em manter o andamento.
Ou essas 3 coisas juntas.
Ou essas 3 coisas com dificuldades diferentes.
Ou outras 3 coisas diferentes.
Se for um intermediário enferrujado, pode ser que você esteja sem resistência nos dedos.
Ou seu aprendizado foi falho e sua mão esquerda é travada.
Ou sua mão direita não dá bons saltos.
Ou, muito diferente disso, suas mãos executam tudo como deve, mas sem vida.
Enfim, quando eu digo que não é “fácil”, quero dizer que não existe a fórmula mágica final que um cabeça-de-pudim qualquer pode seguir, sem que tente compreender quais são as próprias dificuldades e como fazer pra traçar um plano racional pra vencê-las.
E aqui está um plano racional:
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