Depois das “5 maneiras cabeça-de-pudim de aprender piano”, minha aluna Michela Marques pergunta:
“Quais são os 5 comportamentos
opostos ao cabeça de pudim?”
Muito perspicaz a pergunta da Michela…
Como disse antes, sou preguiçoso, então vamos resumir:
O comportamento mais correto é utilizar a imitação como ferramenta de estudo.
Eis o ponto:
Venho falando sobre imitação desde que publiquei algo na internet.
E muita gente simplesmente pensou:
“Oba! Agora ganhei respaldo pra ficar nos tutoriais pelo resto da vida!”
Ah, meus queridos viciados em tutoriais, vocês estão muito enganados.
Lamento lhes passar essa rasteira:
Tutoriais não passam de guia de teclas.
E a imitação serve pra desenvolver seu ouvido.
Alguém duvida que pra conseguir fazer qualquer frase musical que seja, é necessário ter um ouvido que saiba pra onde aquela frase está indo? Alguém duvida que o ouvido precisa estar preparado pra compreender as variações rítmicas? Nem vou perguntar sobre timbre, porque é óbvio demais que você precisa saber a diferença entre um galo cantando e o Rubinstein tocando Chopin.
Como relacionar essa produção de som sem imitar os movimentos e modos de outra pessoa?
Se você estivesse aqui do meu lado, existem 1.001 maneiras de fazer esse guiamento.
Mas pela internet a imitação se provou imbatível.
Caso minha intenção fosse criar um exército de cabeças-de-pudim, bastava eu criar um pacote de 200 aulas com as músicas mais conhecidas possíveis e vender feito água no deserto.
O pequeno porém é que não busco a satisfação dos que querem ser meus alunos.
Eu busco ensiná-los a tocar piano.
Por isso a imitação deve ser usada como ferramenta…
Não como arma definitiva.
Espero que a Michela e quem mais tenha pensado no assunto fique satisfeito com a resposta.
Com o tempo, mais e mais princípios serão revelados.
Quem viver, verá.
(Nota: Para entender como começar a estudar piano por meio da imitação, cadastre-se no Minicurso de Piano Para Iniciantes. Cadastre-se aqui.)