3 quase-regras excitantes sobre as hastes das notas

Sabe aquele risquinho que sai das bolinhas pretas e brancas na partitura?

Então, aquilo é uma “haste”.

Será que existe alguma regra do tamanho da haste?

Não, não existe.

Existem algumas convenções (quase-regras) que NÃO são muito respeitadas.

Vamos cortar logo o papo furado, pois no final deste texto, explico melhor porque não faço muitos comentários sobre esse tipo de convenção teórica.

Vamos falar das quase-regras das hastes…

* Primeira quase-regra excitante:

A haste da nota deve alcançar a distância de uma oitava.

Então, se a nota estiver no Fá do primeiro espaço da clave de sol, a haste deve alcançar até o próximo Fá.

Mágico, não?

Excitante, não?

Já dá pra sentir o pulo do gato, não?

* Segunda quase-regra muito-pouco-excitante:

Se a nota estiver em uma linha ou espaço suplementar, então:

A haste deve alcançar até a linha no meio da pauta.

O Si, no caso da clave de sol.

O Ré, no caso da clave de fá.

Horrível, não?

A primeira regra parecia tão mágica!

E essa segunda chegou pra arruinar tudo!

* Terceira quase-regra um-pouco-excitante:

A direção da haste indica a direção em que está a melodia.

Haste pra cima: melodia na parte aguda.

Haste pra baixo: melodia na parte grave.

Ok, chega de quase-regras.

E por que não falo muito sobre elas?

Só decidi escrever este texto, porque um aluno reparou sozinho que as hastes alcançavam a altura de uma oitava. E ele estava muito muito muito excitado com essa descoberta! Achou que tinha descoberto o pulo do gato!!!

Então tive de mostrar o quanto essas convenções são quebradas…

Não dá nem pra chamá-las de “exceções”.

Vários editores não seguem essa regra.

E, provavelmente, nem todos os aplicativos que lidam com partituras seguem.

Por falar nisso, só descobri que existia essa convenção quando comecei a utilizar o Musescore há alguns anos atrás. E foi por isso que meu aluno reparou nesse uso das hastes, pois as partituras que passei pra ele foram feitas no Musescore.

Além disso, mesmo que alguém tente seguir essas convenções, dependendo da complexidade da música, não é possível manter essas regras nem mesmo em um compasso completo, pois outras notações vão sobrepor essas regras.

Concluindo, tenho dois motivos pra não comentar esse tipo de coisa:

1) Manter afastado quem tem mentalidade de “pulo do gato”.

2) Essas convenções são tão desrespeitadas que elas mesmas podem ser consideradas exceções.

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